São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2008

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Pivô do caso, Kristen, 22, quer ser cantora

DA REDAÇÃO

Dificilmente a prostituta Kristen, 22, de Nova Jersey, imaginou ao chegar a Manhattan em 2004 que seria a pivô do escândalo que derrubou o governador de Nova York. Ela perseguia então carreira como cantora, afirmou ao "New York Times". "Não quero ser vista como um monstro", disse.
Kristen, cujo nome original é Ashley Youmans, mas que agora se identifica como Ashley Alexandra Dupre, conta em sua página no site de relacionamentos MySpace que deixou a família aos 17 anos depois de "sofrer abusos". Ela ainda não foi denunciada no processo e não comentou sobre o trabalho para a Emperors Club VIP.

Padrões meticulosos
Kristen, Maya, Drew: as "modelos" do Emperors Club VIP eram selecionadas segundo "padrões meticulosos de beleza, inteligência e charme". É o que dizia o site da rede na internet -hoje desabilitado- que mostrava por que também os clientes eram parte de um círculo restrito: uma hora em companhia de uma "modelo" custava até US$ 5.500.
Spitzer, por exemplo, pagou US$ 4.300 por cerca de duas horas e meia com Kristen, em 13 de fevereiro, segundo dados da investigação. A quantia incluía também um bônus para encontros futuros.
Estimativas dão conta de que Spitzer, identificado na investigação como "cliente nove", chegou a gastar até US$ 80 mil em ao menos oito encontros.
O site de notícias "Huffington Post" conseguiu reproduzir imagens do site que mostram perfis e fotos das funcionárias do Emperors Club VIP. Elas são avaliadas entre três e sete "diamantes", segundo "nível educacional, sofisticação e presença", e cobram de acordo.
Com sete "diamantes", Maya, uma loira de olhos azuis vencedora de diversos concursos de beleza internacionais, é a mais bem posicionada no ranking, segundo o site. Passar 24 horas com uma "modelo" como Maya custa US$ 31 mil.
Já Drew, com quatro "diamantes", é descrita como uma dançarina de nível internacional altamente educada, tendo recebido título de mestrado -algo aparentemente comum entre as "modelos" da rede.
Prostitutas ainda mais exclusivas de Nova York chegam a receber US$ 250 mil por um final de semana, segundo afirmou o detetive Steven Schwalm, da unidade antiprostituição local, ao jornal "Washington Post". O jornal diz que a diferença entre as prostitutas de luxo e outras mais "acessíveis" não está nas habilidades no quarto. O que o alto preço garante seria "sigilo e mulheres de beleza e inteligência fora do comum". E, em 40% dos casos, não há sexo envolvido.


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