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Pivô do caso, Kristen, 22, quer ser cantora
DA REDAÇÃO
Dificilmente a prostituta
Kristen, 22, de Nova Jersey,
imaginou ao chegar a Manhattan em 2004 que seria a pivô do
escândalo que derrubou o governador de Nova York. Ela
perseguia então carreira como
cantora, afirmou ao "New York
Times". "Não quero ser vista
como um monstro", disse.
Kristen, cujo nome original é
Ashley Youmans, mas que agora se identifica como Ashley
Alexandra Dupre, conta em sua
página no site de relacionamentos MySpace que deixou a
família aos 17 anos depois de
"sofrer abusos". Ela ainda não
foi denunciada no processo e
não comentou sobre o trabalho
para a Emperors Club VIP.
Padrões meticulosos
Kristen, Maya, Drew: as "modelos" do Emperors Club VIP
eram selecionadas segundo
"padrões meticulosos de beleza, inteligência e charme". É o
que dizia o site da rede na internet -hoje desabilitado- que
mostrava por que também os
clientes eram parte de um círculo restrito: uma hora em
companhia de uma "modelo"
custava até US$ 5.500.
Spitzer, por exemplo, pagou
US$ 4.300 por cerca de duas
horas e meia com Kristen, em
13 de fevereiro, segundo dados
da investigação. A quantia incluía também um bônus para
encontros futuros.
Estimativas dão conta de que
Spitzer, identificado na investigação como "cliente nove",
chegou a gastar até US$ 80 mil
em ao menos oito encontros.
O site de notícias "Huffington Post" conseguiu reproduzir
imagens do site que mostram
perfis e fotos das funcionárias
do Emperors Club VIP. Elas
são avaliadas entre três e sete
"diamantes", segundo "nível
educacional, sofisticação e presença", e cobram de acordo.
Com sete "diamantes", Maya, uma loira de olhos azuis
vencedora de diversos concursos de beleza internacionais, é a
mais bem posicionada no ranking, segundo o site. Passar 24
horas com uma "modelo" como
Maya custa US$ 31 mil.
Já Drew, com quatro "diamantes", é descrita como uma
dançarina de nível internacional altamente educada, tendo
recebido título de mestrado
-algo aparentemente comum
entre as "modelos" da rede.
Prostitutas ainda mais exclusivas de Nova York chegam a
receber US$ 250 mil por um final de semana, segundo afirmou o detetive Steven
Schwalm, da unidade antiprostituição local, ao jornal "Washington Post". O jornal diz que
a diferença entre as prostitutas
de luxo e outras mais "acessíveis" não está nas habilidades
no quarto. O que o alto preço
garante seria "sigilo e mulheres
de beleza e inteligência fora do
comum". E, em 40% dos casos,
não há sexo envolvido.
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