São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 2006 |
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AMÉRICA DO SUL Keiko é a mais votada para o Congresso; García mantém vantagem sobre Flores, e Humala descarta alianças Eleitos no Peru vão jurar à filha de Fujimori
FABIANO MAISONNAVE Folha - Você já se disse farta da vida pública. Por que mudou de idéia? Keiko Fujimori - Não planejava participar da política, fazia um MBA em Columbia [Nova York]. Quando prenderam o meu pai no Chile, ele me sugeriu: "Por que não participa da campanha?". Pedi uma licença e decidi apostar no Peru. Estou aqui pelo meu pai e sobretudo pelo meu país. Foi duro ter de viver o divórcio dos meus pais. Segundo, assumir o cargo de primeira-dama aos 19 anos. Sinto os sacrifícios que tive de fazer para estar na vida pública, sacrificar minhas férias. Quando o meu pai renunciou ao cargo, durante quatro anos, fiquei muito perturbada por essa perseguição. Uma semana antes do meu casamento, fui condenada a cinco anos de prisão por uma doação que havia conseguido. A doação foi totalmente legal e esse caso já está encerrado. Depois de tanta perseguição, não queria mais participar da política. Mas, depois de uma reflexão longe da tempestade, pensei: "A política peruana pode ser muito suja, mas uma política bem feita pode fazer as pessoas mudarem de idéia". Folha - Você fará parte de uma
instituição que foi fechada pelo seu
pai e que hoje sofre com a falta de
credibilidade. Por que quis participar dela? Folha - O seu pai está preso no
Chile e há vários anos fora do país.
O fujimorismo já é um movimento
com dinâmica própria ou ainda depende dele? |
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