São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 2011

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Aos 91, guarda de campo nazista é condenado por tribunal alemão

Juiz, porém, libertou John Demjanjuk devido à idade avançada

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um tribunal de Munique, na Alemanha, condenou John Demjanjuk, 91, a cinco anos de prisão por sua participação no assassinato de cerca de 28 mil judeus no campo de concentração nazista de Sobibor (Polônia), na Segunda Guerra (1939-45).
Demjanjuk era um dos guardas do campo. Apesar da condenação, o juiz do caso, Ralph Alt, mandou soltá-lo, sob o argumento da idade avançada e de que ele já havia ficado preso por dois anos antes do julgamento.
A decisão de não prendê-lo provocou protestos de sobreviventes do Holocausto e foi criticada por Martin Mendelsohn, advogado de vítimas de Sobibor e conselheiro do Centro Simon Wiesenthal.
Os promotores enfrentaram dificuldades para provar a cumplicidade do acusado, pois não havia testemunha sobrevivente de sues crimes.
Demjanjuk participou do processo em Munique, que durou 18 meses, numa cadeira de rodas. Nascido na Ucrânia, ele já esteve no topo da lista do Centro Wiesenthal para os criminosos de guerra nazistas mais procurados.
O ex-guarda de Sobibor chegou a ser condenado à morte duas décadas atrás, em Israel, por supostamente ser "Ivã, o Terrível", apelido de um dos guardas do campo de Treblinka, também na Polônia. Em 1993, porém, a Suprema Corte israelense anulou a decisão após evidências de identidade trocada.
Demjanjuk alega que se alistou no Exército soviético em 1941 e foi tomado como prisioneiro de guerra pelos alemães. Segundo sua família, ele foi vítima do nazismo.


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