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Dossiê sobre as Farc indica laços estreitos com norte do Brasil
País teria sido usado como ponto de apoio estratégico por guerrilheiros colombianos
DE CARACAS
As centenas de supostas
comunicações das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) divulgadas
nesta semana sugerem que o
caso de um cônsul venezuelano em Manaus, que teria
ajudado guerrilheiros a circular no Brasil, não é isolado.
Numa comunicação de
2006, Raúl Reyes, ex-número
dois das Farc (morto em
2008), diz que combinou enviar ao governo Chávez uma
lista de pessoas "de confiança" para consulados de cidades colombianas.
"O Brasil deveria abrir
uma investigação sobre esse
tema. Se aconteceu o que dizem, é um crime pelas leis
brasileiras e internacionais",
diz o ex-embaixador venezuelano e opositor de Chávez, Julio Cesar Pineda.
Para o analista Jaime Libreros, especialista em segurança, os informes, divulgados pelo IISS, instituto sediado em Londres, não devem
provocar reação dos governos, mas constrangimento à
Venezuela.
"Quando Uribe [ex-presidente colombiano] entregou
os documentos ao IISS ele se
imaginava reeleito. Seria a
punhalada final em Chávez.
Mas agora o ambiente é completamente outro."
As supostas comunicações das Farc mencionam
que o grupo ligado a Raúl Reyes usava o Brasil como ponto de apoio e transferência de
dinheiro. Considerado número 2 de Reyes, Orlay Jurado Palomino menciona viagens pelo norte do Brasil e
Fortaleza.
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