São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 2011

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Dossiê sobre as Farc indica laços estreitos com norte do Brasil

País teria sido usado como ponto de apoio estratégico por guerrilheiros colombianos

DE CARACAS

As centenas de supostas comunicações das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) divulgadas nesta semana sugerem que o caso de um cônsul venezuelano em Manaus, que teria ajudado guerrilheiros a circular no Brasil, não é isolado.
Numa comunicação de 2006, Raúl Reyes, ex-número dois das Farc (morto em 2008), diz que combinou enviar ao governo Chávez uma lista de pessoas "de confiança" para consulados de cidades colombianas.
"O Brasil deveria abrir uma investigação sobre esse tema. Se aconteceu o que dizem, é um crime pelas leis brasileiras e internacionais", diz o ex-embaixador venezuelano e opositor de Chávez, Julio Cesar Pineda.
Para o analista Jaime Libreros, especialista em segurança, os informes, divulgados pelo IISS, instituto sediado em Londres, não devem provocar reação dos governos, mas constrangimento à Venezuela.
"Quando Uribe [ex-presidente colombiano] entregou os documentos ao IISS ele se imaginava reeleito. Seria a punhalada final em Chávez. Mas agora o ambiente é completamente outro."
As supostas comunicações das Farc mencionam que o grupo ligado a Raúl Reyes usava o Brasil como ponto de apoio e transferência de dinheiro. Considerado número 2 de Reyes, Orlay Jurado Palomino menciona viagens pelo norte do Brasil e Fortaleza.


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