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Programa nuclear do Irã volta a ser foco do Conselho de Segurança
Resolução com possíveis sanções será debatida na próxima semana na ONU
DA REDAÇÃO
Por crerem que o Irã tenta
ganhar tempo e não responderá à proposta que apresentaram há seis semanas, as potências que tentam negociar com o
regime islâmico seu programa
nuclear decidiram ontem reencaminhar o tema ao Conselho
de Segurança da ONU. A decisão foi tomada em Paris pelos
chefes das diplomacias dos
EUA, da Rússia, do Reino Unido, da China, da França (membros permanentes do CS), da
Alemanha e da União Européia.
No início de junho o grupo
apresentou a Teerã um plano
pelo qual o Irã receberia tecnologia nuclear para fins civis em
troca de suspender seu programa de enriquecimento de urânio. O governo iraniano diz que
a meta do programa nuclear é
produzir energia, mas os EUA,
a UE e outros países temem
que seja produzir a bomba.
Teerã prometeu uma resposta até 22 de agosto, prazo que o
grupo julgou descabido.
Segundo a agência Reuters
de notícias, o CS iniciará nesta
segunda uma discussão sobre
sanções contra o país e deve votar uma resolução nesse sentido no decorrer da semana.
A primeira tentativa de votar
sanções contra o Irã esbarrou
na resistência da China e da
Rússia, que têm interesses econômicos no país. Mas, ontem,
os chanceleres de Pequim e
Moscou não fizeram objeções
-é previsível, no entanto, que
eles continuem a se opor a um
embargo comercial e aceitem
só uma resolução mais branda.
Falando em nome do grupo,
o chanceler francês, Philippe
Douste-Blazy, disse que, diante
do silêncio iraniano, não restava alternativa a não ser enviar o
assunto ao CS.
O prazo para que o Irã respondesse à proposta terminava
nesta semana, antes da reunião
do G8 (países mais industrializados) no fim de semana em
São Petersburgo (Rússia).
"Os iranianos não deram nenhuma indicação de estarem
preparados para se comprometer com a nossa proposta", disse o ministro francês. Já o chefe
da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, diz que ainda vê espaço para negociar.
"Não fechamos ainda a porta
para as negociações", afirmou.
Com agências internacionais
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