São Paulo, sábado, 13 de agosto de 2011

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DE NOVO, A CRISE

Moeda chinesa tem maior valorização semanal ante o dólar

Para economistas, alta é tentativa de reduzir custo de importações e pressão inflacionária

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

A moeda chinesa teve a maior valorização em uma semana diante do dólar desde que voltou a ser flexibilizada, há 14 meses. O movimento alimentou especulações de que o banco central chinês flexibilizará mais o câmbio para combater a inflação.
O yuan fechou ontem a 6,38 por dólar -valorização de 0,8% na semana, com alta acumulada de 3% no ano.
Parte da imprensa chinesa atribuiu a valorização à suposta intenção do banco central de usar mais o câmbio como forma de diminuir o custo das importações e reduzir a pressão inflacionária, que fechou o acumulado de 12 meses até julho em 6,5%.
Nesse cenário, a mudança mais provável do BC seria um aumento no limite da flutuação diária, hoje em 0,5 ponto para cima ou para baixo.
Por outro lado, analistas viram na valorização uma forma de se proteger das críticas internacionais após a China registrar no mês passado um superavit de US$ 31,5 bilhões.
O yuan ficou com a taxa de câmbio fixa por dez anos, até julho de 2005. Nos três anos seguintes, teve uma valorização de 21%. Em julho de 2008, a taxa de câmbio ficou novamente congelada, desta vez até junho do ano passado.
Nesse período, cresceram críticas de países como EUA e Brasil, além do Fundo Monetário Internacional, acusando a China de manter o yuan baixo para impulsionar exportações deslealmente.
Com as mudanças em 2010, o banco central permite flutuação diária relativamente pequena a partir de sua taxa de referência. Desde então, o yuan subiu 6,7% ante o dólar em 14 meses.


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