do enviado especial a Moscou

Nos tempos da União Soviética, os "kremlinólogos", para desvendar as fontes de poder no império, se debruçavam sobre a composição do Politburo, o órgão executivo do Partido Comunista.
Atualmente, mergulhar nos bastidores do poder no Kremlin significa, principalmente, decifrar o grau de influência dos "oligarcas", como são chamados os megaempresários da Rússia pós-soviética que controlam cerca de metade da economia do país.
Esses sete homens de negócios, liderados por Boris Berezovski, financiaram a campanha que reconduziu Boris Ieltsin à Presidência, em 96.
Nos anos da transição, usaram talento e boas conexões políticas para acumular fortuna e montaram conglomerados que atuam em campos diversos: indústria, bancos, meios de comunicação, companhias de mineração e aviação.
Os adversários dos "oligarcas", em especial os neocomunistas, os acusam de ligações com o crime organizado -a globalmente famosa máfia russa.
Os "sete oligarcas" são, além de Boris Berezovski, Vladimir Gusinski, Vladimir Potanin, Mikhail Khodorcovski, Piotr Aven, Mikhai Friedman e Alexander Smolenski.
Recentemente, alguns desses "oligarcas" se afastaram do presidente Boris Ieltsin. Eles já anteviam a queda de popularidade de Ieltsin no país.
(JAIME SPITZCOVSKY)



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