de Washington

Henry Hyde, 74, passa a ocupar a partir da próxima segunda-feira o lugar que nos últimos oito meses foi de Kenneth Starr: na qualidade de presidente da Comissão de Justiça da Câmara, ele vai agora comandar o processo de investigação dos possíveis crimes cometidos pelo presidente Bill Clinton.
Há muitas diferenças entre Starr e Hyde, além dos 22 anos que os separam. É verdade que os dois são ícones do movimento conservador dos EUA e gozam de grande reputação de honestidade.
Mas Hyde tem sido muito mais flexível a eventuais alianças com o Partido Democrata e com o presidente Clinton do que seria imaginável se Starr tivesse se tornado um parlamentar em vez de juiz.
Falta na personalidade de Hyde o caráter messiânico que sobra na de Starr. Ao contrário do promotor, o deputado não está imbuído da convicção de que tem a missão de salvar o país de Clinton.
Hyde foi eleito representante do sexto distrito eleitoral do Estado de Illinois (Meio-Oeste do país) após a renúncia de Richard Nixon, em 1974. Filho de Watergate, fez da probidade uma bandeira pessoal.
Católico, ele é um dos autores das leis que dificultam a prática de aborto nos EUA e impedem o casamento de homossexuais no país.
Mas Hyde se aliou ao governo em projetos que a oposição condena, como o maior controle ao porte de armas e o direito de o trabalhador tirar licenças por motivo de saúde de familiares. Ele é um dos melhores oradores da Câmara. (CELS)



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