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REAÇÕES
Árabes condenam "agressão" e "massacre"
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Líderes e manifestantes árabes e
islâmicos condenaram os ataques
de Israel em Gaza e Cisjordânia e
expressaram apoio aos palestinos.
O presidente egípcio, Hosni
Mubarak, pediu ontem a Israel
que pare com os ataques imediatamente e disse que está disposto
a receber o premiê israelense,
Ehud Barak, e o líder palestino
Iasser Arafat para um encontro de
cúpula após o fim da violência.
O presidente sírio, Bachar al Assad, expressou "firme apoio aos
palestinos em sua legítima luta
para recuperar suas terras e seus
direitos". Segundo seu porta-voz,
ele afirmou que "as ameaças e
ações agressivas israelenses são
inúteis, pois Israel sairá perdendo
no final".
Desde o início dos atuais conflitos, Israel vem perdendo parte da
melhora que obteve nas suas relações com os países árabes desde o
início do processo de paz.
O governo de Omã anunciou
ontem que fechará seu escritório
comercial em Tel Aviv e a missão
israelense no país em protesto
contras as ações de Israel. O sultanato condenou "os massacres
brutais" de palestinos.
Omã e Qatar são os únicos países do golfo Pérsico que mantêm
algum tipo de relação oficial com
Israel. Mas as ligações com o país,
iniciadas após a assinatura dos
acordos de Oslo (93), não chegaram à normalização diplomática.
Após reunião ontem em Sharm
al Sheikh (Egito), o rei Abdullah
2º, da Jordânia, e Mubarak pediram o fim dos atos de violência
contra a população palestina. Segundo a agência jordaniana de
notícias "Petra", eles condenaram
"a ameaça e a violência que tentam pôr fim às esperanças de paz
e de estabilidade na região".
Jordânia e Egito assinaram
acordos de paz com Israel e são os
únicos países árabes a manter relações diplomáticas regulares
com o Estado judeu.
A Turquia, país de maioria muçulmana, pediu "o fim imediato
das ações israelenses, em vista do
extremo perigo que elas representam para toda a região".
A crise será o tema principal da
cúpula da Liga Árabe, nos dias 21
e 22, no Cairo. Será a primeira
reunião da Liga Árabe que contará com representante iraquiano
em vários anos, mostrando que a
velha rivalidade com Israel ainda
é capaz de unir os interesses conflitantes dos líderes árabes.
O secretário-geral da liga, Esmat
Abdel Meguid, afirmou que "a cúpula árabe não ficará de braços
cruzados diante das práticas israelenses, e todas as opções estão
abertas aos dirigentes árabes".
Outro fator agravante é o sequestro de três soldados israelenses pelo grupo extremista islâmico libanês Hizbollah, no sábado.
Israel afirma que considera o Líbano e a Síria (que domina o governo libanês) responsáveis pelo
bem-estar dos soldados.
O Hizbollah afirma que quer
trocar os israelenses por libaneses
e palestinos detidos em Israel.
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