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Depois do susto, mercados recuperam perdas
DA REDAÇÃO
Ao receber a notícia da queda
do Airbus em Nova York, os investidores iniciaram movimento
de venda de ações.
A reação lançou as Bolsas no
vermelho, mas, à tarde, a tendência foi invertida, principalmente
porque não havia evidências imediatas de que se tratava de um novo atentado terrorista.
Imediatamente depois do acidente, as cotações dos títulos do
governo norte-americano e do
ouro (considerados investimentos seguros) dispararam, enquanto as ações mais negociadas perdiam valor.
Mas, ao longo do dia, o pânico
abandonou o mercado. A Nasdaq, que chegou a cair 3%, encerrou o dia no azul, com valorização
de 0,82%.
"A grande questão para todo
mundo é se isso é terrorismo ou
não", comentou ontem Jim O'Sullivan, economista-sênior do UBS
Warburg.
Como as Bolsas européias fecham antes do que as norte-americanas, por causa da diferença no
fuso horário, não houve tempo
para recuperação e as quedas foram mais acentuadas.
Logo depois da queda do Airbus, Londres recuou 3%. No final
do dia, encerrou os negócios com
desvalorização de 1,87%. Frankfurt caiu 1,83%, e Paris sofreu a
maior desvalorização: 3.05%.
"Lógico que muita gente acredita que não foi um ataque terrorista, então esses investidores aproveitaram para comprar ações que
estavam num patamar muito baixo", afirmou Charles Payne, analista da Wall Street Strategies.
Brasil
No mercado brasileiro, a reação
não foi diferente. Segundo analistas, houve um princípio de pânico, que contrastou com a calmaria dos últimos dias. Pouco antes
da notícia da queda do avião nos
EUA, o dólar estava praticamente
estável em relação ao fechamento
da sexta-feira. A Bovespa ensaiava uma valorização.
Instantes depois, o dólar disparou para a sua máxima de alta do
dia. A moeda chegou a ser negociada a R$ 2,575, uma valorização
de 1,46%. A Bolsa de Valores de
São Paulo, que vinha de forte valorização nos últimos dias, perdeu o gás. O Ibovespa, índice que
reflete o comportamento das 57
ações mais negociadas na Bolsa,
chegou a cair 3,89%.
Após as declarações das autoridades norte-americanas e da discreta recuperação das Bolsas dos
EUA, as perdas foram reduzidas.
O dólar encerrou o dia a R$
2,551, em alta de 0,51%.
"Após uma alta bastante forte
das cotações, o mercado digeriu a
notícia, e o fechamento de ontem
pode até ser considerado um ajuste, após as recentes desvalorizações da moeda", avalia Helio Osaki, analista de mercado da corretora Finambras. No mês, o dólar
acumula desvalorização de
5,45%.
A Bovespa caiu 1,28%, com giro
financeiro de R$ 536,9 milhões, o
segundo menor neste mês.
Com agências internacionais
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