DA REDAÇÃO

Após mais de uma semana de silêncio, o príncipe Charles ordenou ontem a abertura de uma investigação interna sobre o caso de Paul Burrell, ex-mordomo da princesa Diana, que se livrou de um processo por roubo na semana passada.
Burrell era acusado de apropriar-se de 310 objetos pessoais da princesa, morta em 1997. O processo foi suspenso após a rainha Elizabeth 2ª ter dito que ela mesma pedira ao mordomo que guardasse os objetos para protegê-los contra possíveis roubos.
Enquanto relatos de Burrell sobre a família real britânica eram disseminados pelos tablóides do Reino Unido e alimentavam a onda de fofocas recente, o secretário particular de Charles anunciava que iria conduzir uma investigação interna sobre o caso, visando a esclarecer questões levantadas pelo repentino final do julgamento do ex-mordomo de Diana.
A investigação também abordará o suposto abuso sexual cometido por um ex-empregado do herdeiro do trono.
O problema é que uma investigação interna não deverá satisfazer os detratores da família real, e um membro do Parlamento britânico pediu que uma investigação independente fosse realizada.
"O príncipe de Gales me pediu que realizasse essa investigação sem medo nem parcialidade", afirmou Michael Peat.
De acordo com os críticos da família real, a rainha intercedeu por Burrell durante o julgamento para evitar que segredos constrangedores fossem divulgados pela imprensa sensacionalista.