São Paulo, segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

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Veteranos da FEB procuram apoio para criar museu

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM PISTOIA


O Monumento ao Soldado Brasileiro em Pistoia é visitado por cada vez mais turistas brasileiros, mas a estrutura para recebê-los permanece simples, como era na inauguração do local, em 1959.
Segundo o guardião encarregado pelo Itamaraty, Mário Pereira, o espaço recebia uma média anual de 250 brasileiros. Em 2010, o número subiu para 800.
O memorial é adornado por jardins com placas de mármore com as inscrições das batalhas e dos nomes dos 434 brasileiros que estiveram enterrados ali. Não tem, contudo, banheiros ou bancos.
Há anos, os veteranos da FEB tentam conseguir apoio do governo para criar um pequeno museu no local.
"Os brasileiros estão mais interessados na Toscana, por causa da novela da Globo, e aproveitam para conhecer o memorial", afirma Pereira.
Ele diz ter uma pequena coleção de apetrechos de guerra herdados do pai e que poderiam ser expostos.
Para Guaraci Alfredo, integrante da Aexcamp (Associação dos Expedicionários Campineiros), não é apenas por faltar um museu em Pistoia que os pracinhas estão sendo esquecidos.
"Muitas associações estão com problemas financeiros, inclusive a nossa. Não há pessoas que queiram continuar com elas", desabafa.
Pereira dedica parte do tempo colhendo depoimentos de italianos que conviveram com os combatentes brasileiros. "Essa memória está se perdendo. Os pracinhas têm mais de 80 anos" diz.
O governo brasileiro mantém apenas o monumento de Pistoia. Outros 11 marcos que celebram os brasileiros na Itália são cuidados por prefeituras locais e associações.
A pequena vila de Iola, que não tem mais de cem moradores e fica nas montanhas nevadas italianas, preserva parte da história dos combatentes brasileiros e italianos.
Há um pequeno museu com uniformes, armas de fogo, comunicadores e utensílios da guerra. A coleção é particular e recebe alunos de escolas próximas e até turistas alemães, segundo consta de seu livro de visita. (MP)


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