DA REDAÇÃO

Um dos dois pacientes internados na China com suspeita de terem contraído Sars (sigla em inglês para síndrome respiratória aguda grave) teve confirmado ontem o diagnóstico da doença. Segundo a TVB, um canal de TV de Hong Kong, o governo fará um anúncio formal em breve.
É o segundo caso de Sars no país em cerca de dez dias. A paciente é uma garçonete de 20 anos de Cantão, capital da Província Guangdong. O outro paciente com diagnóstico confirmado teve alta na semana passada.
A agência de notícias Xinhua informou que o outro caso de suspeita, em Shenzhen, cidade também localizada no sul do país, não se trata da doença.
Desde julho do ano passado, quando a Organização Mundial da Saúde anunciou o fim da epidemia, a China não registrava nenhuma ocorrência da doença.
Segundo Bi Shengli, um especialista do Centro de Controle de Doenças da China, tem havido alguma confusão pelo fato de o país e a OMS adotarem diferentes definições para a doença. "A OMS e a China deveriam adotar um padrão unificado para identificar a Sars", afirmou Bi.
A China foi alvo de críticas internacionais no ano passado por ter tentado ocultar a epidemia de Sars. No entanto agora tem trabalhado em parceria com a OMS na investigação dos novos casos. O vírus da doença mortal apareceu na Província de Guangdong pela primeira vez no final de 2002. Levado por viajantes, espalhou-se por 30 países, infectando mais de 8.000 e matando quase 800.