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ARGENTINA
Crise entre a Casa Rosada e o BC divide Congresso
DE BUENOS AIRES
Acabou em cisão a reunião, ontem, da comissão
do Congresso argentino
que deveria chegar a um
parecer sobre o decreto da
presidente do país, Cristina Kirchner, que exonerou o presidente do Banco
Central, Martín Redrado.
O decreto foi baixado na
última sexta, alegando
"descumprimento de deveres" por Redrado, que se
negou a cumprir decreto
anterior de Cristina, que
cria fundo para pagar a dívida com reservas do BC.
Ele discorda da medida.
Cristina baixou o decreto na forma "de necessidade e urgência", que exige
ratificação pelo Congresso. Porém, a exoneração
de Redrado foi anulada
por recurso dele à Justiça.
Pelas leis argentinas, o
Executivo deve ouvir o Senado antes de remover a
diretoria do BC. Cristina
ignorou a exigência. A Justiça anulou ainda o decreto de criação do fundo, até
que o Congresso o avalie.
O governo recorreu de
ambas as decisões. Enquanto a questão está sub
judice, a Casa Rosada lida
com a crise decorrente de
seu atrito com a Justiça e a
oposição, que denunciou
"atropelo da ordem institucional" e efeitos econômicos negativos.
Com oito parlamentares
governistas e oito opositores, a comissão mista reunida ontem não chegou a
acordo e redigiu dois pareceres -um favorável e outro contrário ao decreto
presidencial.
A votação em plenário
poderá ocorrer só a partir
de março, quando serão
retomadas as sessões ordinárias do Congresso.
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