DA REDAÇÃO

A polícia da Hungria disse ontem que deteve três árabes que estariam por trás de um plano para atacar o novo museu do Holocausto em Budapeste. As prisões ocorreram apenas dois dias antes da data marcada para a inauguração do museu, que deverá ter a presença do presidente de Israel, Moshe Katsav.
Uma rádio israelense disse que o plano tinha relação com a visita de Katsav, que chegou ontem a Budapeste, mas autoridades húngaras negaram que houvesse ligação entre os dois fatos, argumentando que não havia indícios de que os suspeitos planejassem matar o presidente de Israel.
A polícia disse que o principal suspeito é um cidadão húngaro de 42 anos de idade e de origem palestina. Ele é dentista, além de ser o líder espiritual de um pequeno grupo islâmico de Budapeste. Segundo a polícia, os outros dois suspeitos são sírios. Eles seriam apenas interrogados.

Sharon
O premiê de Israel, Ariel Sharon, chegou ontem a Washington, onde buscará o apoio do governo dos EUA à sua iniciativa de retirada unilateral das forças israelenses da faixa de Gaza. Mas seu plano também prevê, segundo a mídia internacional, um fortalecimento das colônias judaicas situadas na Cisjordânia.
Sharon se reunirá hoje com George W. Bush. Ele espera obter a anuência do presidente a seu plano. Com isso, o premiê israelense poderia apresentar a posição americana como uma aprovação à manutenção das grandes colônias da Cisjordânia ocupada, localizadas numa região que os palestinos querem como parte de seu futuro Estado. O apoio dos EUA aumentaria as chances de Sharon aprovar seu plano em votação de seu partido, o Likud. Autoridades palestinas exortaram Washington a rejeitar a tentativa de Sharon de obter apoio dos EUA. Bush se reuniu anteontem com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, e encontra o premiê britânico, Tony Blair, na sexta, para tratar do Oriente Médio.