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CRISE CUBANA
Acusação é de espionagem
EUA expulsam 14 diplomatas cubanos
ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK
O governo americano expulsou
14 diplomatas cubanos sob o argumento de que eles estariam trabalhando como espiões. Metade
deles trabalha na missão cubana
na ONU e a outra metade está baseada em Washington.
O Departamento de Estado dos
EUA não informou os nomes dos
expulsos, mas disse que não são
funcionários de alto escalão. Eles
têm dez dias para deixar o país.
Em entrevista dada em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Reekder, afirmou que a medida é "resposta
a certas atividades inapropriadas
e inaceitáveis". "Os EUA decidiram agir fortemente. Acho que
vocês estão familiarizados com o
longo histórico de espionagem do
regime cubano contra os EUA."
A missão que representa Cuba
na ONU, com 38 diplomatas, não
se pronunciou, assim como a seção que cuida dos interesses do
país em Washington (que abriga
outros 21 diplomatas). O governo
cubano não tem embaixada formal nos EUA, assim como o americano não tem em Havana.
A ONU confirmou que foi avisada da medida, mas afirmou que
não pode intervir. Segundo a entidade, trata-se de uma questão entre Washington e Havana.
A expulsão dos diplomatas
agrava a crise nas sempre complicadas relações entre EUA e Cuba,
que passa por uma de suas piores
fases de todos os tempos.
A ofensiva do regime de Fidel
Castro contra seus opositores
provocou protestos do governo
dos EUA. Já Cuba reclama que diplomatas americanos estariam
ajudando a organizar a oposição
ao regime.
Essa é a primeira expulsão de
diplomatas cubanos desde novembro, quando o governo americano solicitou que quatro pessoas deixassem o país. A medida,
porém, já foi usada neste ano, durante a escalada para a guerra no
Oriente Médio, contra representantes iraquianos na ONU.
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