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Brasileiros descrevem complexos como "oásis"
FÁBIO SEIXAS
DA REPORTAGEM LOCAL
Verdadeiros oásis para trabalhadores ocidentais na Arábia
Saudita, os condomínios residenciais para estrangeiros, como os
atingidos anteontem, abrigaram
vários técnicos e jogadores de futebol brasileiros nos últimos anos.
Os mais célebres, Carlos Alberto
Parreira e Zagallo, atualmente comandam a seleção brasileira.
"Morei três anos e meio por lá e
nunca vi nenhum problema. Onde a gente morava, havia uma certa liberdade", afirmou Zagallo,
que se mudou para Riad em meados dos anos 70 e comandou o time nacional saudita.
Os condomínios de Riad se parecem com clubes sociais. Nas
piscinas, são servidas bebidas alcoólicas e as mulheres dividem
espaços com os homens, práticas
proibidas além de seus muros. Foi
lá que Zagallo aprendeu a jogar
tênis, hoje um de seus hobbies.
"Rola muita liberdade, rola até
uma mulherada, o que não existe
no resto da cidade. É mais fácil
conseguir bebidas", explicou o
atacante Paulo Nunes, do Mogi
Mirim, que morou num condomínio em Riad no ano passado,
quando defendeu o Al Nasr.
A ocupação é garantida. "Eles
dependem muito de mão-de-obra estrangeira. Há muita gente
de fora morando em Riad. Muitos
médicos e engenheiros americanos, europeus e brasileiros", declarou Levir Culpi, técnico do Botafogo, que treinou a seleção saudita sub-20 em 91 -ele, no entanto, ficou hospedado em um hotel.
A CBF (Confederação Brasileira
de Futebol) não sabe informar
quantos profissionais brasileiros
hoje estão em Riad, pois a troca
constante de clubes torna o cálculo impossível.
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