São Paulo, sábado, 14 de maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Chefe do serviço secreto pede desculpas DO ENVIADO A ISLAMABAD Em um raríssimo gesto, o diretor do todo-poderoso serviço secreto paquistanês pediu desculpas ao Parlamento pelas falhas de inteligência que levaram à morte de Osama bin Laden pelas mãos de americanos. O general Shuja Pasha, do ISI (sigla inglesa para Inteligência Intra-serviços), também ofereceu seu posto caso os parlamentares assim o desejarem. Assim, dá uma resposta política do governo de Asif Ali Zardari à crescente pressão da oposição por conta da operação. Até a noite de ontem havia poucos relatos da sessão que ouviu Pasha, que foi fechada e teve a presença do premiê Yusuf Raza Gilani e dos chefes das três Forças Armadas. Segundo relatos indiretos vazados a TVs e sites locais, Pasha disse que não houve intenção, mas falha mesmo no episódio. E aproveitou para pedir mais investimento em tecnologia. O líder da oposição, Chaudhry Nisar, trocou palavras duras com Pasha, segundo relatos. Disse que era necessário "estabelecer a responsabilidade" no caso. Segundo a ministra Firdous Awan (Informação), os ânimos depois se acalmaram. Ela afirmou que é necessário não enfraquecer a instituição do ISI em um momento de crise. Pasha afirmou que o contato entre o ISI e a CIA está "perto de nada" hoje. Ontem, interrogadores da agência americana falaram com as três mulheres de Bin Laden deixadas para trás no ataque do dia 2. Reclamaram por não poder fazer as entrevistas separadamente, para cruzar versões, e segundo relatos iniciais não conseguiram nenhuma novidade. MUSHARRAF VOLTA O ex-presidente Pervez Musharraf avisou que volta ao país em março do ano que vem, para reorganizar seu partido. Após chefiar um regime militar de 1999 a 2008, vive em Londres. É acusado de negligência na segurança do evento em que a ex-premiê Benazir Bhutto foi morta em 2007, o que nega. (IG) Texto Anterior: Atentado mata 80, e Taleban diz ser vingança Próximo Texto: Análise: Inteligência e militares têm muitas questões para responder Índice | Comunicar Erros

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