São Paulo, quinta-feira, 14 de junho de 2007

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França pede retomada de assistência à ANP; enviado da ONU critica EUA e Israel

DA REDAÇÃO

O governo francês declarou ontem seu apoio ao presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e exortou a comunidade internacional a retomar a ajuda financeira aos palestinos. Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, a França considera a retomada da ajuda econômica imprescindível para a "estabilização dos territórios palestinos e o relançamento de um processo de paz".
Desde a vitória do Hamas nas eleições legislativas de 2006, Israel e o chamado Quarteto -EUA, União Européia (UE), Rússia e ONU- impuseram sanções e cortaram a ajuda ao governo palestino.
O apelo do governo francês coincide com a divulgação de um documento confidencial redigido em maio pelo então enviado da ONU ao Oriente Médio, Álvaro de Soto. O documento culpa EUA e Israel pelo agravamento dos conflitos entre palestinos. O relatório acusa o Quarteto de impor sanções a um "governo eleito livremente por um povo sob ocupação", gerando "conseqüências desastrosas".
O documento chama de "fraco" o presidente Abbas e critica o Hamas por defender a destruição de Israel e não deter o lançamento de foguetes contra o território israelense. Mas diz que as políticas israelenses "parecem planejadas para encorajar a ação de militantes palestinos". "Não acho que a ONU faça um favor a Israel ao não expor claramente suas falhas no processo de paz", diz De Soto.
O chefe da diplomacia da UE, Javier Solana, qualificou de "dramática" a situação em Gaza e afirmou que o bloco europeu está disposto a integrar uma força militar internacional ao sul de Gaza, se "for da vontade dos israelenses, palestinos e egípcios".


Com agências internacionais


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