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Angola contratou sul-africanos
da Reportagem Local
A empresa sul-africana Executive Outcomes (EO) rejeita a qualificação de mercenária e se autodefine como uma "companhia privada de treinamento e aconselhamento militar a governos e empresas legítimas".
A empresa oferece aconselhamento tático e estratégico, treinamento militar, seleção de equipamento bélico e serviços paramilitares e de segurança. Sua
mão-de-obra é contratada entre
militares de escalão intermediário
das Forças Armadas sul-africanas.
A empresa afirma ser favorável à
Lei de Assistência Militar ao Estrangeiro, aprovada em maio último na África do Sul, que proíbe a
atuação mercenária de cidadãos e
empresas do país, mas admite serviços de treinamento e aconselhamento previamente autorizados.
Segundo a EO, ao autorizar uma
empresa a fornecer assistência militar a um país amigo, o governo
evita envolver diretamente suas
próprias Forças Armadas, o que
implicaria gastos e excessivo comprometimento político.
A companhia ressalta seu caráter
apolítico e apartidário e afirma
agir respeitando os direitos humanitários e civis.
Em 93, a EO assinou um contrato com o governo de Angola. Na
época, os rebeldes da Unita
(União Nacional pela Independência Total de Angola) controlavam 70% do território. Com auxílio da EO, as Forças Armadas enfraqueceram os rebeldes e abriram
terreno para um acordo de paz no
final de 94.
(OD)
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