São Paulo, domingo, 14 de junho de 1998

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Angola contratou sul-africanos

da Reportagem Local

A empresa sul-africana Executive Outcomes (EO) rejeita a qualificação de mercenária e se autodefine como uma "companhia privada de treinamento e aconselhamento militar a governos e empresas legítimas".
A empresa oferece aconselhamento tático e estratégico, treinamento militar, seleção de equipamento bélico e serviços paramilitares e de segurança. Sua mão-de-obra é contratada entre militares de escalão intermediário das Forças Armadas sul-africanas.
A empresa afirma ser favorável à Lei de Assistência Militar ao Estrangeiro, aprovada em maio último na África do Sul, que proíbe a atuação mercenária de cidadãos e empresas do país, mas admite serviços de treinamento e aconselhamento previamente autorizados.
Segundo a EO, ao autorizar uma empresa a fornecer assistência militar a um país amigo, o governo evita envolver diretamente suas próprias Forças Armadas, o que implicaria gastos e excessivo comprometimento político.
A companhia ressalta seu caráter apolítico e apartidário e afirma agir respeitando os direitos humanitários e civis.
Em 93, a EO assinou um contrato com o governo de Angola. Na época, os rebeldes da Unita (União Nacional pela Independência Total de Angola) controlavam 70% do território. Com auxílio da EO, as Forças Armadas enfraqueceram os rebeldes e abriram terreno para um acordo de paz no final de 94. (OD)



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