DA REDAÇÃO

O Ministério da Justiça suíço informou ontem não ter encontrado a conta bancária em Genebra na qual teriam sido depositados US$ 10 milhões para que o ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-99) encobrisse o suposto envolvimento do Irã no atentado à Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), em Buenos Aires, em 1994. As investigações foram suspensas por falta de evidências.
A denúncia havia partido do ex-agente de inteligência iraniano Abolghasem Mesbahi, testemunha-chave do caso. Menem nega.
Segundo comunicado oficial, "as pesquisas realizadas no banco [em Genebra], assim como outras investigações, não permitiram descobrir contas cujo titular é ou tenha sido Menem".
"A investigação sobre esse assunto está concluída, a menos que haja novos elementos", disse a juíza Christine Junod, responsável pelo caso.
O atentado à Amia, que completa dez anos no domingo, deixou 85 mortos e mais de cem feridos. Nem o governo argentino nem Menem - hoje radicado no Chile e que é investigado sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de armas - comentaram a decisão.