São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 2002

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PANORÂMICA

ARGENTINA

Sequestro e morte de adolescente causam violento protesto contra a polícia
A morte de Diego Peralta, 17, após ele ter ficado 39 dias sequestrado, provocou um violento protesto ontem na Província de Buenos Aires, onde vivia o adolescente. Seu corpo foi encontrado em uma lagoa anteontem, perto de Buenos Aires.
Familiares e amigos de Peralta bloquearam uma estrada e queimaram pneus em El Jarguel, na Província de Buenos Aires. O alvo da manifestação, além do governo, era a polícia. Pedras foram lançadas contra a delegacia da cidade. Os policiais responderam com balas de borracha. Não houve feridos graves.
Ainda não há informação de quem teria cometido o assassinato. Mas familiares suspeitam da polícia, que nega.
A notícia da morte de Peralta foi manchete dos principais jornais do país. "Fúria pelo crime do menino sequestrado", noticiou o "Clarín". Segundo o jornal, o assassinato aconteceu há dez dias. O "Pagina 12" escreveu na sua capa: "Polícia sob fogo" e estampou uma foto de Peralta.
O governo se comprometeu a esclarecer o crime, que reascendeu o debate no país sobre a explosão da violência. No último ano, o número de sequestros na Argentina cresceu 500%, segundo dados do governo. O ex-presidente (1989-99) e candidato à Presidência Carlos Menem defendeu a pena de morte "para crimes aberrantes".


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