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TERROR
Ajuste ocorre 15 anos após atentado que matou 270
Líbia assina acordo que cria fundo de compensação por Lockerbie
DA REDAÇÃO
O governo da Líbia assinou ontem um acordo com os advogados que representam as famílias
dos mortos no atentado de Lockerbie, em 1988. Trípoli criará um
fundo de indenização no valor total de US$ 2,7 bilhões e enviará
uma carta oficial à ONU, reconhecendo sua responsabilidade.
Em 21 de dezembro de 1988,
uma bomba explodiu no vôo 103
da extinta companhia aérea PanAm, no momento em que ele sobrevoava a cidade escocesa de
Lockerbie. As 259 pessoas a bordo
-em sua maioria, americanos-
e outras 11 em terra morreram.
Em março deste ano, o governo
líbio aceitara um acordo político
com os EUA e o Reino Unido para
assumir a responsabilidade civil
pelo atentado e pagar US$ 10 milhões à família de cada vítima.
Mas o acordo final só foi assinado ontem. O fundo será aberto no
BIS (Banco de Compensações Internacionais, pela sigla em inglês).
Além disso, a Líbia deverá enviar
uma carta oficial ao Conselho de
Segurança da ONU, aceitando a
responsabilidade pelo atentado.
A expectativa dos advogados
que negociaram o acordo é que a
ONU suspenda as sanções contra
o país já na semana que vem. A Líbia sofre sanções da ONU desde
1992, quando descumpriu uma
resolução que exigia que o país
entregasse Abdel Basset al Megrahi e Al Amin Khalifa Fahima, suspeitos acusados pelos EUA e pelo
Reino Unido.
Durante anos, Trípoli negou o
envolvimento de seus cidadãos.
Apenas em 2002, o governo líbio
concordou em pagar compensação às famílias das vítimas.
Al Megrahi e Fahima foram julgados por assassinato e pela explosão da bomba entre 1999 e
2002 em um tribunal internacional montado na Holanda e regido
pela lei escocesa.
Al Megrahi foi condenado à prisão perpétua e cumpre pena na
Escócia. Fahima foi absolvido.
Com agências internacionais
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