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São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 2003

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TERROR

Ajuste ocorre 15 anos após atentado que matou 270

Líbia assina acordo que cria fundo de compensação por Lockerbie

DA REDAÇÃO

O governo da Líbia assinou ontem um acordo com os advogados que representam as famílias dos mortos no atentado de Lockerbie, em 1988. Trípoli criará um fundo de indenização no valor total de US$ 2,7 bilhões e enviará uma carta oficial à ONU, reconhecendo sua responsabilidade.
Em 21 de dezembro de 1988, uma bomba explodiu no vôo 103 da extinta companhia aérea PanAm, no momento em que ele sobrevoava a cidade escocesa de Lockerbie. As 259 pessoas a bordo -em sua maioria, americanos- e outras 11 em terra morreram.
Em março deste ano, o governo líbio aceitara um acordo político com os EUA e o Reino Unido para assumir a responsabilidade civil pelo atentado e pagar US$ 10 milhões à família de cada vítima.
Mas o acordo final só foi assinado ontem. O fundo será aberto no BIS (Banco de Compensações Internacionais, pela sigla em inglês). Além disso, a Líbia deverá enviar uma carta oficial ao Conselho de Segurança da ONU, aceitando a responsabilidade pelo atentado.
A expectativa dos advogados que negociaram o acordo é que a ONU suspenda as sanções contra o país já na semana que vem. A Líbia sofre sanções da ONU desde 1992, quando descumpriu uma resolução que exigia que o país entregasse Abdel Basset al Megrahi e Al Amin Khalifa Fahima, suspeitos acusados pelos EUA e pelo Reino Unido.
Durante anos, Trípoli negou o envolvimento de seus cidadãos. Apenas em 2002, o governo líbio concordou em pagar compensação às famílias das vítimas.
Al Megrahi e Fahima foram julgados por assassinato e pela explosão da bomba entre 1999 e 2002 em um tribunal internacional montado na Holanda e regido pela lei escocesa.
Al Megrahi foi condenado à prisão perpétua e cumpre pena na Escócia. Fahima foi absolvido.


Com agências internacionais

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