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Anúncio em jornal acirra disputa interna
DA REDAÇÃO
Um anúncio de uma organização pela ação política publicado nesta semana
no "New York Times" criticando o comandante militar americano no Iraque
elevou a temperatura do
debate nos EUA depois
que o principal concorrente do jornal o acusou de
subsidiar o espaço e cobrar do "MoveOn" pouco
mais de um terço do preço.
Rudolph Giuliani, ex-prefeito da Nova York e
pré-candidato republicano à Presidência, engrossou o coro de críticas e cobrou o mesmo desconto
para sua campanha. O
NYT não divulgou o valor
pago pelo MoveOn, mas
nega que um eventual desconto possa ter tido razões
editoriais.
O anúncio fez um trocadilho com o nome do militar -"General Petraeus or
General Betray Us" ("betray", em inglês, é trair, e
"us", nós)- na segunda, 11
de setembro, quando ele
depôs no Congresso.
Sobrou até para Hillary
Clinton: Giuliani acusou a
pré-candidata democrata
de participar do "assassinato moral" de Petraeus. A
senadora, membro da Comissão de Armas, foi um
dos muitos que questionaram suas declarações, que
divergem de recentes análises independentes.
Petraeus relatou progresso nas condições de
segurança no Iraque após
a chegada de tropas adicionais no início do ano e recomendou que o efetivo
seja reduzido em 36 mil
homens, para seu contingente pré-escalada, no
meio do próximo ano.
As declarações animaram os republicanos, que
podem conciliar a defesa
de uma "retirada organizada" com a imagem de
"partido amigo dos militares", providencial num
país onde as Forças Armadas são ultrapopulares.
O efeito foi inverso entre a oposição democrata:
as divisões internas estão
ainda mais acirradas. Apesar da retórica, a maioria
teme que políticas antiguerra reforcem a imagem
de fragilidade na área de
segurança, que acompanha o partido desde a defesa da retirada do Vietnã.
Com agência internacionais, "Independent" e "Financial Times"
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