São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 2011

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Ataques do Taleban em Cabul
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Grupo terrorista assume autoria de atentado na capital do Afeganistão; embaixada dos EUA está entre os alvos

Ação dá demonstração da capacidade do grupo de perpetrar ações coordenadas em áreas fortemente protegidas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Militantes do Taleban executaram ontem uma série de ataques coordenados em Cabul, capital do Afeganistão. O governo estima que nove pessoas morreram e 23 foram feridas. A conta inclui dois insurgentes mortos.
Munidos de armamentos que incluíam metralhadoras e lança-granadas, os terroristas miraram em alvos como a Embaixada dos EUA e um quartel-general da Otan (aliança militar ocidental).
As ações põem em dúvida a capacidade do Afeganistão de garantir a segurança no país após a programada retirada de tropas internacionais.
Os atentados também demonstram a habilidade do Taleban de atacar áreas fortemente defendidas e coordenar ações em diversas regiões da cidade. Dado o armamento pesado que os terroristas conseguiram infiltrar no centro da capital, funcionários de segurança ocidentais no país especulam que os insurgentes tiveram ajuda dentro do Exército e polícia afegãos.
Os militantes foram cercados por helicópteros americanos e afegãos no prédio em construção a partir do qual dispararam na embaixada. O Taleban assumiu a responsabilidade pelo atentado. Ontem, porém, a polícia de Cabul afirmou crer que os ataques possam ter sido obra da rede paquistanesa Haqqani, filiada ao grupo terrorista.
O Taleban intensificou seus ataques na capital neste ano. Analistas avaliam que o objetivo é confrontar as alegações americanas de que os EUA enfraqueceram o grupo nos últimos dez anos.
Houve pouco dano à Embaixada dos EUA, e nenhuma baixa dentro do prédio. Civis no lado de fora, incluindo uma garota que esperava por um visto, foram feridos.
Militantes do Taleban atacaram ontem, também, um ônibus escolar no Paquistão. Quatro crianças e o motorista morreram no atentado. O Taleban paquistanês reivindicou a ação, afirmando ter mirado em crianças de uma tribo que formou alianças contrárias ao grupo.


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