São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 2002

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Grupo suspeito defende teocracia

DA REDAÇÃO

Para Washington, o movimento extremista Jemaah Islamiyah, principal suspeito pelos ataques em Bali, mantém relações com a organização terrorista Al Qaeda. Apesar da pressão internacional pedindo sua prisão, o líder do grupo, Abu Bakar Bashir, vive sem ser perturbado na Indonésia, país que tem a maior população islâmica do mundo -mais de 90% de seus cerca de 200 milhões de habitantes são muçulmanos.
Jacarta afirma não ter provas contra o clérigo muçulmano e que, por isso, nada pode fazer.
Bashir, 64 anos, se diz um admirador de Osama bin Laden. Ele preside um conselho que advoga a adoção de leis islâmicas na Indonésia e sustenta que o Jemaah Islamiyah na verdade não existe.
Sempre que questionado, afirma nada ter a ver com o terror.
Não é o que diz Cingapura, que prendeu 32 suspeitos de fazer parte do grupo. As autoridades de Cingapura dizem que a organização planejou atentados contra alvos ocidentais no país e que Bashir planeja formar uma teocracia islâmica reunindo, além de Cingapura, Malásia, Indonésia, Brunei e a ilha filipina de Mindanao.
A Malásia, que também tem uma população de maioria muçulmana, acusa Bashir de ter ligações com o radical Grupo Militante da Malásia.
Há duas semanas, Bashir entrou com uma ação contra a revista americana "Time" acusando-a de difamá-lo ao afirmar que ele tem ligações com atividades terroristas. A revista se defende dizendo ter se baseado em informações da CIA (agência de inteligência dos EUA).


Com agências internacionais


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