DA REDAÇÃO

Forças israelenses mataram ontem cinco palestinos em três diferentes incidentes. Um deles foi morto por uma bomba colocada num telefone público e acionada por controle remoto.
Outra vítima, Tawfik Bereka, um garoto de quatro anos, foi, segundo Israel, atingido por balas durante tiroteio ocorrido quando soldados procuravam arsenais palestinos escondidos em depósitos subterrâneos na faixa de Gaza.
Segundo a versão palestina, Israel destruiu com explosivos cinco casas suspeitas de esconder arsenais. A casa do garoto, localizada bem ao lado desses alvos, desmoronou, soterrando-no. Ele chegou a ser transportado com vida por parentes até um hospital. Cerca de 28 palestinos ficaram feridos durante o incidente.
A vítima do orelhão, Mohammed Abayuat, 25, pertencia ao grupo extremista Brigadas dos Mártires Al Aqsa, ligado ao Fatah, facção palestina a que pertence o líder palestino Iasser Arafat.
Abayuat utilizava o telefone público a poucos metros do hospital de Beit Jala, nas proximidades de Belém, na Cisjordânia.
O embaixador americano em Israel, Daniel Kurtzer, encaminhou ao premiê israelense, Ariel Sharon, uma nota em termos duros, na qual cobra do premiê a promessa de suspender as restrições impostas a civis palestinos.
Sharon viaja hoje aos EUA, onde na quarta-feira deve se encontrar com George W. Bush. O governo norte-americano tem se mantido ao lado de Israel nos recentes conflitos com palestinos.
Israel justifica o cerco a cidades palestinas como única forma de evitar novos ataques suicidas.
Segundo Gideon Saar, secretário do governo, Israel suspenderá o bloqueio apenas se cessarem os ataques de terroristas palestinos.
Também ontem, soldados israelenses mataram dois homens armados que entraram em Israel pela fronteira do Egito. No incidente, três militares israelenses ficaram feridos. Um palestino de 26 anos foi morto em tiroteio com israelenses. Ele teria se aproximado de forma suspeita de blindados do Exército de Israel.