São Paulo, domingo, 14 de outubro de 2007

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Rice pede calma à Turquia por menção a genocídio

Washington receia resposta turca a citação parlamentar de massacre de armênios

Ancara, que mantém 60 mil soldados na fronteira com o Iraque, ameaça ampliar incursões para conter ação de rebeldes curdos

DA REDAÇÃO

Admitindo que os EUA vivem um "momento difícil" nas relações com a Turquia, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu ontem moderação a Ancara. Os turcos ameaçam retaliar a decisão de uma comissão da Câmara dos EUA de considerar genocídio o massacre de 1,5 milhão de armênios por turcos otomanos em 1915. A Turquia chamou seu embaixador em Washington de volta, no último dia 11, por conta do episódio.
O governo Bush, que se opõe à decisão da Câmara, enviou à Turquia dois funcionários graduados: Eric Edelman, subsecretário da Defesa e ex-embaixador em Ancara, e Dan Fried, secretário-assistente de Estado para Assuntos Europeus.
Os turcos não admitem a perseguição aos armênios como um genocídio. Afirmá-lo é considerado crime na Turquia. Washington teme que, como reação à decisão da Câmara, onde a oposição a Bush é maioria, Ancara possa criar problemas para os EUA no Iraque, em cuja fronteira estão 60 mil soldados turcos. Eles ameaçam agir contra os rebeldes curdos que se refugiam no país vizinho. Os EUA temem que incursões turcas no Iraque possam desestabilizar o norte do país, região de relativa estabilidade.

Poder russo
Rice, que está em Moscou, também criticou ontem a "excessiva concentração de poder" nas mãos do presidente russo, Vladimir Putin. A declaração foi feita após uma reunião com ativistas de direitos humanos russos. "Todo o mundo duvida da plena independência do Poder Judiciário", afirmou ela.


Com agências internacionais


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