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BÁLCÃS
Presidente de Sérvia e Montenegro lastima "infortúnios" impostos a bósnios
Belgrado pede desculpas à Bósnia
DA REUTERS
O presidente de Sérvia e Montenegro, Svetozar Marovic, pediu
desculpas ontem à Bósnia pela
guerra que matou cerca de 200
mil pessoas, de 1992 a 1995. A
maior parte dos mortos era muçulmana e foi vítima das forças
sérvias da Bósnia, que contavam
com o apoio de Belgrado.
Sua iniciativa ocorreu oito anos
depois de as forças da Otan (aliança militar ocidental) colocarem
fim ao conflito e imporem um
acordo de paz. Há três anos, os
dois países, que faziam parte da
extinta Iugoslávia, estabeleceram
relações diplomáticas e normalizaram suas relações.
Isso só ocorreu depois da saída
de Slobodan Milosevic, líder nacionalista sérvio, do poder, em
2000. O ex-ditador está sendo julgado por um tribunal da ONU,
em Haia, na Holanda, por crimes
de guerra cometidos pelas forças
sérvias na Bósnia, na Croácia e em
Kosovo, na década passada.
Seu sucessor imediato, Vojislav
Kostunica, visitou Sarajevo, a capital bósnia, três vezes enquanto
estava no poder, mas jamais fez
um pedido de desculpas formal.
Marovic, em sua primeira visita
oficial a Sarajevo, onde cerca de 10
mil pessoas morreram durante os
três anos e meio de confrontos
com as forças sérvias, disse que
havia chegado a hora do perdão.
"Quero aproveitar a oportunidade para pedir desculpas por todos os males e infortúnios impostos a qualquer pessoa da Bósnia-Herzegovina pela Sérvia e por
Montenegro", declarou Marovic
durante uma entrevista coletiva.
O presidente bósnio, Dragan Covic, estava a seu lado.
Há dois meses, Marovic e o presidente croata, Stipe Mesic, disseram lamentar o sangue derramado no conflito entre os dois países,
ocorrido na década de 90.
Marovic e Covic afirmaram que
buscarão estreitar os laços entre
ambas as nações, buscando uma
maior integração com a Europa.
Sérvia
A Sérvia dissolveu seu Parlamento e anunciou a realização de
eleições legislativas antecipadas
em 28 de dezembro.
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