São Paulo, domingo, 15 de maio de 2011

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Luta entre jornais e "ofendidos" racha Justiça no Reino Unido

DE LONDRES

Duas disputas entre jornais e pessoas que se sentiram prejudicadas chegaram ao fim nesta semana.
Uma transcorreu na Corte Europeia dos Direitos Humanos: venceram os jornais. Outra, na comissão britânica de autorregulação da imprensa: venceu o "ofendido".
O primeiro caso envolve Max Mosley, ex-dirigente da Federação Internacional de Automobilismo.
Em 2008, o tabloide "News of the World" publicou fotos em que Mosley aparecia com cinco prostitutas. Segundo a publicação, ele usava um uniforme nazista.
A história do traje não era verdade, e a Justiça condenou o jornal a arcar com uma indenização de 60 mil libras.
Mosley queria mais. Pediu à Corte Europeia que obrigasse os jornais a comunicar os personagens de reportagens antes que elas fossem impressas, para que tivessem tempo de tentar impedir a publicação na Justiça.
A corte criticou a reportagem, mas disse que a obrigação de uma notificação prévia atrapalharia o jornalismo e "esfriaria" as publicações.
A segunda disputa era entre o ministro britânico dos Negócios, Vince Cable, e o "Daily Telegraph".
Em dezembro, duas repórteres do jornal se passaram por eleitoras de Cable e gravaram uma conversa com ele, sem que o ministro soubesse. Ele quase perdeu o cargo por criticar o governo.
Cable recorreu ao órgão de autorregulação dos jornais, que considerou que o "Telegraph" errou ao usar jornalistas disfarçados e ao gravar a conversa sem conhecimento do ministro.
O jornal foi obrigado a publicar a conclusão do processo. O texto diz: "a comissão não está convencida de que o interesse público era tamanho para justificar o uso desses subterfúgios".


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