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ORIENTE MÉDIO
País elabora cenário para morte de palestino
Israel barra enterro de Arafat em Jerusalém e vê caos após sua morte
DA ASSOCIATED PRESS
O governo israelense está profundamente preocupado com o
caos que poderia ocorrer após a
morte do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, e fará todo o possível
para impedir que ele seja enterrado em Jerusalém, segundo um
plano de emergência de cinco páginas preparado pela Chancelaria.
O plano faz uma série de previsões sobre o que pode ocorrer
com a morte de Arafat: o colapso
da já combalida ANP, um desafio
à sua autoridade vindo de extremistas islâmicos e revoltas em outras partes do Oriente Médio.
Apesar dos esforços israelenses
para isolar o líder palestino, Arafat continua tendo uma enorme
influência. O documento mostra
que ele permanecerá um objeto
de preocupação para Israel
-mesmo após a sua morte.
O plano também inclui recomendações sobre como conter o
que Israel prevê que seja um ambiente extremamente volátil. O tema mais delicado, diz o documento, será onde enterrar Arafat.
Assessores de Arafat afirmam
que ele nunca indicou onde quer
ser enterrado, mas a expectativa é
que ele seja colocado no complexo da mesquita Al Aqsa, em Jerusalém Oriental -uma honra suprema para os muçulmanos.
Israel se oporá veementemente
a enterrar Arafat na cidade disputada, afirma o documento da
Chancelaria. Tanto Israel quanto
os palestinos consideram Jerusalém sua capital, e o país tem resistido a tentativas palestinas de se
estabelecer institucionalmente na
cidade. O documento prevê grande pressão dos palestinos e internacional para que ele seja enterrado em Jerusalém, com possibilidade de grande violência.
O documento não faz referências ao estado de saúde de Arafat,
75, apesar dos sinais recentes de
deterioração. Suas mãos e lábios
tremem, gerando especulações de
que ele teria o mal de Parkinson.
Seus médicos não confirmam os
rumores. Ele está confinado há
meses por Israel em seu QG semidestruído em Ramallah.
O documento examina três possíveis causas de sua morte: uma
operação militar israelense, uma
doença prolongada ou uma rápida morte natural.
O documento é parte de um planejamento regular sobre a morte
de Arafat. Diversos ministérios do
governo israelense têm trabalhado em planos similares.
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