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TERRORISMO
"Camarada Feliciano" era o chefe do grupo guerrilheiro, tido como responsável por 30 mil mortes
Peru prende líder do Sendero Luminoso
das agências internacionais
Uma força militar de 1.500 homens capturou na selva, próximo
a Huancayo, leste do Peru, o líder
do grupo guerrilheiro maoísta
Sendero Luminoso, Oscar Ramírez Durand, 46, conhecido como
"camarada Feliciano". Ele estava
faminto e não ofereceu resistência. A operação foi monitorada
pelo presidente Alberto Fujimori.
O Sendero Luminoso (caminho
luminoso, em espanhol) tenta
instalar, pelas armas, um regime
comunista-maoísta no Peru desde 1980. Autoridades peruanas
atribuem às ações da guerrilha 30
mil mortes e prejuízos de US$ 25
bilhões só na última década.
Nos anos 80, estima-se que a
guerrilha chegou a reunir 10 mil
combatentes. Hoje, a estimativa
caiu para menos de mil.
O analista Carlos Tapia, estudioso da guerrilha no Peru, afirmou que foi uma vitória do governo, mas que o "fenômeno terrorista é complexo, com nuances
econômicas e sociais" e não se pode declarar o fim da guerrilha.
John Crabtree, especialista em
Peru da Universidade de Oxford,
no Reino Unido, afirma que a
guerrilha ainda não está morta,
apesar de carecer da força que tinha nos anos 80. "É, antes de tudo, uma boa notícia para um Fujimori em campanha."
Aproveitando uma onda de popularidade por causa das ações
antiguerrilha, Fujimori cogita disputar uma segunda reeleição, embora possa enfrentar problemas
constitucionais.
Ramírez, um ex-estudante de
engenharia, vinha liderando a
guerrilha desde 1992, quando o
fundador do grupo, Abimael
Guzman, e sua amante, Elena
Iparrigue, foram presos e condenados à prisão perpétua. À época,
ele era o número três na hierarquia do Sendero.
Filomeno Cerrón Cardoso, o
"camarada Artemio", é o provável sucessor de Feliciano. Fujimori anunciou que "as Forças Armadas já se orientam na captura de
Artemio".
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