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Oferta de energia na área de NY está no limite
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
Um problema típico de oferta e
demanda pode ter sido o responsável pela dimensão do blecaute
de ontem nos Estados Unidos.
A oferta de energia em toda a região de Nova York vem chegando
ao limite nos últimos anos e atinge pontos críticos durante o verão
por causa dos milhões de aparelhos de ar-condicionado ligados
na cidade.
No inverno, o mesmo problema
ocorre, só que na direção inversa,
no Canadá, onde boa parte do sistema de aquecimento doméstico
e empresarial depende da energia
elétrica.
Segundo Edwin Anthony, vice-presidente do Edison Energy Institute (EEI), que representa cerca
de 70% das empresas de energia
elétrica nos EUA, o problema de
ontem "provavelmente" teria ficado restrito a uma região menor
se a demanda não estivesse no limite.
"O sistema tem estado instável,
pois é preciso que haja uma relação perfeita e em tempo real entre
a geração da energia e o tamanho
da demanda. E isso não vem ocorrendo", diz Anthony.
"Com um sistema sem folga como o atual, algo provocou, entre
as linhas de transmissão, o alastramento de um problema que
deveria ter ficado muito mais restrito", afirma.
O provável corte no suprimento
de energia da unidade canadense
de geração não teria sido compensado por outras geradoras pelo fato de todas estarem, no momento, trabalhando praticamente
no limite.
O vice-presidente do EEI pondera, no entanto, que o bloqueio
funcionou para várias regiões importantes, como em toda a Pensilvânia, ao sul de Nova York, e boa
parte de Nova Jersey.
Anthony disse ontem à noite
que ainda era difícil saber, mas
que o blecaute provavelmente envolveu empresas privadas e públicas, como a State Power of New
York, responsável por boa parte
do sistema no Estado. "O sistema
é totalmente interconectado entre
várias empresas que fazem, cada
uma, uma parte."
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