São Paulo, domingo, 15 de setembro de 2002

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Porta-aviões ganham destaque

DA REPORTAGEM LOCAL

O papel de destaque dos porta-aviões na campanha no Afeganistão silenciou os críticos desses enormes e caríssimos navios de US$ 5 bilhões cada. E também arquivou os planos iniciais do governo George W. Bush de reduzir o número de porta-aviões operacionais de 12 para dez.
Ficou demonstrada a versatilidade dos grandes porta-aviões nucleares em atuar contra um país que não tem costa marítima, forçando os aviões a voarem mais de 1.000 km até seus alvos.
Os britânicos, que quase perderam a guerra das Falklands/Malvinas em 1982 por terem se livrado do seu último porta-aviões para jatos convencionais, agora planejam construir dois, que devem ficar prontos em 2012 e 2015, operando de 40 a 50 aeronaves.
O resto do mundo que se cuide. Na nova ênfase americana em agir unilateralmente como polícia do mundo, o porta-aviões tem um trunfo político importante, se comparado com aviões baseados em terra, muitas vezes em países aliados mas nem tanto: os EUA não precisam pedir permissão para ninguém para usá-los, se preciso for passando pelo espaço aéreo de quem estiver no caminho.
A reorganização do arsenal dos EUA inclui "reciclar" as armas da Guerra Fria.
Os enormes submarinos da classe Ohio, que foram originalmente armados com 24 mísseis balísticos intercontinentais dotados de ogivas nucleares tendo como alvo, à época, a União Soviética, estão sendo rearmados para abrigar inacreditáveis 150 mísseis de cruzeiro Tomahawk cada um, a arma que sem aviso prévio chega do mar e já bombardeou o Iraque e o Afeganistão. (RBN)


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