|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
IRAQUE OCUPADO
Secretário afirma que problema de segurança ainda é "desafio"; soldado americano é morto em ataque
Transferência de poder não deve ser apressada, diz Powell
DA REDAÇÃO
Em sua primeira visita ao Iraque, o secretário de Estado americano, Colin Powell, se disse "empolgado" com o progresso do país
em direção à autonomia, mas
afirmou não haver razão para
apressar a entrega do poder aos
iraquianos.
"A pior coisa que pode ocorrer é
tocar esse processo rápido demais, antes de haver capacidade
de formação de um governo e antes de haver base para sua legitimação, e vê-lo fracassar", disse
Powell em entrevista em Bagdá.
Mais tarde, ele disse que a transição ocorreria no "tempo apropriado". "Queremos entregar o
poder ao povo iraquiano, mas a
uma liderança eleita pelo povo,
não a um grupo de indivíduos nomeado", declarou à CNN.
Segundo o secretário, a situação
de segurança continua sendo "um
desafio" que pode retardar todo o
processo, com uma "grande e nova ameaça" vinda de fora.
Ontem, mais um soldado americano foi morto em ataque da resistência iraquiana -o 72º desde
1º de maio, quando foi anunciado
o fim das principais operações de
combate. Se somados os mortos
em acidentes, as baixas americanas no período somam 155.
O ataque, com granadas-foguetes, ocorreu em Fallujah, a cidade
50 km a oeste de Bagdá que se
transformou no maior palco de
ataques do pós-guerra. Outros
três soldados foram feridos.
"Essa ameaça à segurança
vem... de terroristas que entram
no país e de remanescentes do velho regime", declarou Powell ao
programa "Fox News Sunday".
O secretário desembarcou na
manhã de ontem no Iraque vindo
do Kuait. Ele seguiu de helicóptero até Bagdá para evitar as estradas que se tornaram cenário de
ataques contra tropas dos EUA.
Mas, na capital, não pôde evitar
o assédio de pessoas que pediam
ajuda, emprego ou informações
sobre presos. Havia também pessoas que exibiam fotos de parentes mortos e de casas destruídas
em bombardeios americanos.
Não foi informado quanto tempo Powell permaneceria no país.
A visita foi anunciada com pouca
antecedência para evitar problemas de segurança.
Antes de embarcar para o Kuait,
Powell discutiu a questão iraquiana, em Genebra, com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e
com os chanceleres dos demais
membros permanentes do Conselho de Segurança -França,
China, Rússia e Reino Unido. O
CS debaterá, nesta semana, uma
proposta de resolução feita pelos
EUA para obter maior ajuda internacional na reconstrução.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Cai aprovação do governo dos EUA, diz pesquisa Próximo Texto: Califórnia: Clinton declara apoio a governador Índice
|