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ÁFRICA
ONU e Brasil condenam golpe
Guiné-Bissau tem presidente deposto
DA REDAÇÃO
Militares depuseram ontem o
presidente da Guiné-Bissau, uma
ex-colônia portuguesa no oeste
da África, sob a justificativa de
que o presidente, Kumba Yalla,
havia violado a Constituição e a
legislação eleitoral do país.
O comandante do Exército, general Veríssimo Correia Seabra,
se declarou presidente interino,
mas disse que um civil iria encabeçar o governo interinamente. O
Exército constituiu um comitê
para restaurar a democracia, mas
não marcou data para as eleições.
Soldados portando armas automáticas e granadas de mão foram
vistas ontem patrulhando as ruas
da capital, mas Seabra disse que
nenhum tiro fora disparado.
Segundo autoridades militares,
Yalla, que foi eleito presidente em
2000, estava detido em um dos
quartéis do Exército, juntamente
com o primeiro-ministro Mário
Pires. Os militares afirmaram que
ele poderá optar por ficar no país
ou partir para o exílio.
Seabra disse esperar que as organizações internacionais reconheçam que o governo de Yalla
não tinha legitimidade. "Não temos receio nenhum de eventuais
pressões internacionais para
reinstalar o governo anterior",
afirmou o general.
Reações
Contudo o secretário-geral da
ONU, Kofi Annan, condenou o
golpe de Estado na Guiné-Bissau
e pediu que seja restaurada a ordem constitucional no país.
Em nota divulgada ontem à noite, o Itamaraty também condenou o golpe e pediu o retorno à
"ordem constitucional".
O presidente de Moçambique,
Joaquim Chissano, também desaprovou o golpe, mas criticou Yalla
por fazer pouco para promover a
democracia e dar um fim à insegurança econômica.
Com 1,3 milhão de habitantes, a
Guiné-Bissau é um dos países
mais pobres do mundo.
Com agências internacionais
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