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São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2003

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ÁFRICA

ONU e Brasil condenam golpe

Guiné-Bissau tem presidente deposto

DA REDAÇÃO

Militares depuseram ontem o presidente da Guiné-Bissau, uma ex-colônia portuguesa no oeste da África, sob a justificativa de que o presidente, Kumba Yalla, havia violado a Constituição e a legislação eleitoral do país.
O comandante do Exército, general Veríssimo Correia Seabra, se declarou presidente interino, mas disse que um civil iria encabeçar o governo interinamente. O Exército constituiu um comitê para restaurar a democracia, mas não marcou data para as eleições.
Soldados portando armas automáticas e granadas de mão foram vistas ontem patrulhando as ruas da capital, mas Seabra disse que nenhum tiro fora disparado.
Segundo autoridades militares, Yalla, que foi eleito presidente em 2000, estava detido em um dos quartéis do Exército, juntamente com o primeiro-ministro Mário Pires. Os militares afirmaram que ele poderá optar por ficar no país ou partir para o exílio.
Seabra disse esperar que as organizações internacionais reconheçam que o governo de Yalla não tinha legitimidade. "Não temos receio nenhum de eventuais pressões internacionais para reinstalar o governo anterior", afirmou o general.

Reações
Contudo o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, condenou o golpe de Estado na Guiné-Bissau e pediu que seja restaurada a ordem constitucional no país.
Em nota divulgada ontem à noite, o Itamaraty também condenou o golpe e pediu o retorno à "ordem constitucional".
O presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, também desaprovou o golpe, mas criticou Yalla por fazer pouco para promover a democracia e dar um fim à insegurança econômica.
Com 1,3 milhão de habitantes, a Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo.


Com agências internacionais


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