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ORIENTE MÉDIO
Sharon reduz operação
Ofensiva israelense já matou cem em Gaza
DA REDAÇÃO
Chegou ontem a cem o número
de palestinos mortos nas operações desencadeadas em Gaza há
17 dias pelo Exército israelense.
No fim do dia, o premiê de Israel, Ariel Sharon, concordou
com o plano do Exército israelense para que as tropas do país sejam reduzidas nos campos de refugiados da faixa de Gaza.
Segundo a decisão, as ações devem continuar e o Exército continuará em alerta. Mas a escala será
bem menor do que a da operação
atual, considerada a maior em
Gaza desde o início da Intifada
(levante palestino), iniciada há
quatro anos.
Das vítimas dos ataques israelenses até agora, 59 pertenciam a
grupos terroristas e 41 eram civis,
de acordo com a agência de notícias Reuters.
Dados da agência de notícias
Associated Press, que coloca o total de mortos em 105, indicam que
18 vítimas eram crianças ou adolescentes com menos de 16 anos.
Ao todo três israelenses morreram nas ações.
Ontem, antes da decisão de Sharon, helicópteros e blindados das
forças israelenses incursionaram
no campo de refugiados de Rafah.
O objetivo, segundo Israel, era
destruir arsenais do Hamas. Relatos sobre o número de mortos variam entre dois e cinco militantes
da organização terrorista. Um homem de 70 anos que não participava dos confrontos também
morreu.
Funcionários da ONU que trabalham com refugiados palestinos disseram que Israel destruiu
30 casas no campo de Rafah. A
exemplo de Jabalya, o campo é
visto como uma base de operações dos ataques lançados nos últimos quatro anos por palestinos.
Ainda ontem, os israelenses se
retiraram de Beit Lahiya, onde
durante 48 horas interromperam
estradas, destruíram estufas e
também derrubaram casas utilizadas supostamente por terroristas do Hamas. Residentes protestaram contra a destruição parcial
de um cemitério e contra os danos causados a oliveiras, uma das
bases da economia local.
Assentamentos
Sharon afirmou ontem que a retirada dos assentamentos judaicos da faixa de Gaza começará entre maio e junho do ano que vem e
deve durar 12 semanas.
Em Jerusalém, cerca de 150 mil
pessoas se reuniram para protestar contra o plano, que será votado dia 25 pelo Parlamento.
Com agências internacionais
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