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Inteligência de Smith supera limite do teste de QI
de Washington
No último Halloween, dia das
bruxas, o menino Gregory Smith,
10, vestiu-se de Albert Einstein,
passeou com seus pais de carro e
voltou para casa sem os doces que
crianças de sua idade normalmente exigem ao tocar a campainha de moradores de seus bairros. "As portas das casas que vi ficavam muito longe da calçada ou
escondidas atrás de árvores. Não
tive vontade de ir até lá", justificou-se.
A fantasia de Einstein, explicou,
foi uma brincadeira. Considerado
uma das crianças mais superdotadas dos EUA, Smith ganhou notoriedade nacional e foi recebido
pelos programas mais populares
da TV norte-americana por ter,
com sua pouca idade, ingressado
na Randolph Macon, faculdade
no Estado da Virgínia localizada a
duas horas de Washington.
Smith estuda ciência política,
astronomia e medicina. Formalmente, seu QI (quociente de inteligência) é tão alto que ultrapassa
o teto de 180 a que se limita o teste.
Diferentemente dos países europeus, que consideram superdotadas crianças às vezes sem um QI
alto, mas com bom desempenho
em áreas como música, liderança
e pintura, nos EUA o teste de QI é
essencial para definir se uma
criança é ou não talentosa.
Nascido no Estado da Pensilvânia, Smith cresceu na Flórida e
mudou-se para a Virgínia a convite da Randolph Macon, que deu
a ele uma bolsa de US$ 80 mil e
comunicou o fato a todos os
meios de comunicação.
Smith deu entrevistas ao programa de Larry King, à apresentadora Oprah Winfrey e às maiores
revistas e jornais do país.
Contra a violência
Fundou uma organização contra a violência que se baseia no intercâmbio de idéias entre as
crianças de todo o mundo. Smith
diz que a organização poderá ajudá-lo a ser presidente da República, seu maior objetivo depois de
inventar um método para retardar o processo de envelhecimento
nas pessoas.
Como em todas as outras histórias de crianças que possuem talentos excepcionais, os pais de
Smith dizem ter notado cedo que
ele era diferente de outras crianças e esforçam-se em dizer que o
projeto de ingressar na faculdade
(e de ser presidente) é do menino,
não deles.
"Com um ano, ele sabia o alfabeto em sequência. Antes mesmo
de completar um ano formulava
frases completas como "leia para
mim, por favor", disse a mãe, Janet, que mudou-se com o marido
para a Virgínia para acompanhar
o filho e fica na faculdade durante
todo o dia. Eles moram a cinco
minutos da faculdade.
Smith mostrou à Folha as instalações da Randolph Macon e seu
escritório. Durante a caminhada,
sua mãe o orientou a colocar as
mãos nos bolsos da calça e a levantar a cabeça. No fim, pediu:
"Gostaríamos muito que a reportagem falasse dos esforços de
Greg para reduzir o problema da
violência no mundo, pois isso é
muito importante para ele".
(MA)
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