São Paulo, quinta-feira, 15 de novembro de 2007

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Reitor recebe críticas por recepção a Ahmadinejad

DO "NEW YORK TIMES"

Lee Bollinger, o reitor da prestigiosa Universidade Columbia, em Nova York, foi criticado por professores que reuniram mais de cem assinaturas de membros do corpo docente em uma carta que questiona sua liderança. A "declaração de preocupação", que os professores leram diante de Bollinger na terça-feira, delineava várias queixas relativas à condução que ele vem dando aos assuntos da universidade e a questões referentes ao Oriente Médio.
Estas últimas vêm causando repetidas perturbações no campus, em especial o discurso de Bollinger ao apresentar a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, à universidade, em setembro.
Bollinger sofreu intensos ataques quando Columbia convidou o presidente do Irã, conhecido por sua atitude agressiva e por negar o Holocausto. Ele defendeu o convite, e depois apresentou o líder iraniano em um discurso agressivo.
A insatisfação com o clima de confronto perdura desde então no campus. "Acredito que, para a maioria das pessoas, o incidente com Ahmadinejad foi uma ocasião que causou grave desconforto", disse Wayne Proudfoot, professor de religião. "A linguagem que ele usou ao apresentar Ahmadinejad tinha a intenção, e teve o efeito, de aplacar e, ao mesmo tempo, enviar uma mensagem aos críticos conservadores."
Eric Foner, professor de história dos EUA que foi um dos mais eloqüentes participantes da reunião da terça-feira, leu em voz alta alguns trechos da apresentação de Bollinger sobre Ahmadinejad, e acrescentou: "Isso é linguagem de guerra quando nosso país está tentando enfrentar o Irã, e na minha opinião os argumentos que ele expõe são completamente improcedentes".


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