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Graziano realizará missão de combate à fome em Haiti, Guatemala e Paraguai
KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Virtual diretor da FAO (Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e a Alimentação) para
a América Latina e o Caribe, José
Graziano da Silva, 56, diz que terá
como "missão emergencial" elaborar programas de combate à fome para Haiti, Guatemala e Paraguai. Pretende ainda lançar uma
versão do Fome Zero no subcontinente para reduzir à metade até
2015 os 60 milhões de pessoas que
passam fome na região, segundo
estimativa de 1996.
"A situação no Haiti é preocupante. Há uma falência de todo o
setor público. Apenas com a reconstrução de organizações da
sociedade civil e do governo poderemos avançar. A FAO terá papel importante nisso", diz Graziano, que deixará a assessoria especial do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva até meados de março para assumir sua posição.
Graziano afirma que o programa para a Guatemala se deve ao
furacão que deixou milhares de
desabrigados, que passam fome.
Especialista em questão fundiária,
Graziano diz que "está se formando na área da chamada fronteira
seca entre o Brasil e o Paraguai
uma das situações mais explosivas no campo na América Latina". Ele diz que tem menor preocupação com ocupações do MST
(Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra), pois "há lideranças com as quais as autoridades podem dialogar". Graziano
teme que a área de fronteira não
tenha lideranças para conter
eventuais conflitos fundiários. "É
uma área onde há narcotráfico,
roubo de cargas e febre aftosa."
O assessor de Lula diz que o presidente o incentivou a assumir a
diretoria da FAO para que o Brasil
conquiste posições importantes
em organismos internacionais.
Em recentes episódios, o Brasil lutou por assentos na burocracia de
entidades da ONU e não foi feliz.
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