|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Americanos fazem triagem em aeroporto
DOS ENVIADOS A PORTO PRÍNCIPE
Dezenas de pessoas se
aglomeravam ontem na
porta do aeroporto de Porto Príncipe. Depois que os
americanos assumiram a
administração do local,
oficiais faziam a triagem
na porta. Só entrava quem
tinha passaporte.
Dentro do aeroporto,
ninguém sabe informar se
é necessário comprar bilhetes. Na pista, dezenas
de pessoas esperam, entre
feridos e acidentados, para
entrar em um voo para os
EUA ou para Santo Domingo, na República Dominicana.
Os jornalistas têm acesso facilitado porque o aeroporto é um dos únicos
pontos da cidade onde há
internet. No corredor,
uma longa fila começa a se
formar. A maioria dos passageiros é branca. Na imigração, uma funcionária
diz que atendeu principalmente americanos, franceses e dominicanos.
Apesar da nova administração, o local cheira a
cadáver. E só parte do aeroporto funciona. O mesmo corredor usado pelos
passageiros também é
usado para transportar
corpos e feridos.
Ninguém sabe informar
se é preciso comprar bilhetes. Na imigração, um
funcionário diz que parte
dos passageiros viaja de
graça e parte compra a
passagem. Uma família
com duas crianças corre
no saguão ao ouvir a turbina do avião aos gritos de
"Jesus, Jesus, me deixe
sair daqui".
Depois que os americanos assumiram o aeroporto, os voos aumentaram e
também o envio de medicamentos e alimentos. Ontem, oficiais davam água
aos passageiros.
(JL e CG)
Texto Anterior: Haiti em ruínas Nas ruas, sobreviventes lutam por comida Próximo Texto: Haiti em ruínas: Em hospital improvisado, amputação é sem anestesia Índice
|