São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 2010

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Americanos fazem triagem em aeroporto

DOS ENVIADOS A PORTO PRÍNCIPE

Dezenas de pessoas se aglomeravam ontem na porta do aeroporto de Porto Príncipe. Depois que os americanos assumiram a administração do local, oficiais faziam a triagem na porta. Só entrava quem tinha passaporte.
Dentro do aeroporto, ninguém sabe informar se é necessário comprar bilhetes. Na pista, dezenas de pessoas esperam, entre feridos e acidentados, para entrar em um voo para os EUA ou para Santo Domingo, na República Dominicana.
Os jornalistas têm acesso facilitado porque o aeroporto é um dos únicos pontos da cidade onde há internet. No corredor, uma longa fila começa a se formar. A maioria dos passageiros é branca. Na imigração, uma funcionária diz que atendeu principalmente americanos, franceses e dominicanos.
Apesar da nova administração, o local cheira a cadáver. E só parte do aeroporto funciona. O mesmo corredor usado pelos passageiros também é usado para transportar corpos e feridos.
Ninguém sabe informar se é preciso comprar bilhetes. Na imigração, um funcionário diz que parte dos passageiros viaja de graça e parte compra a passagem. Uma família com duas crianças corre no saguão ao ouvir a turbina do avião aos gritos de "Jesus, Jesus, me deixe sair daqui".
Depois que os americanos assumiram o aeroporto, os voos aumentaram e também o envio de medicamentos e alimentos. Ontem, oficiais davam água aos passageiros. (JL e CG)


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