São Paulo, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004

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Número 41 da lista de mais procurados é preso

DA REDAÇÃO

Forças iraquianas prenderam ontem um importante líder do partido Baath, do ex-ditador Saddam Hussein, nas proximidades de Bagdá. Muhammad Ziman al Razzaq era o número 41 -quatro de espadas- da lista de mais procurados dos EUA.
Dos 55 integrantes da lista divulgada pelos americanos após o fim do regime, apenas dez ainda não foram localizados.
Al Razzaq era o líder do partido de Saddam na região norte do país, que inclui as cidades de Mossul e de Kirkuk. Ele já exerceu o cargo de ministro do Interior. Segundo afirmam alguns iraquianos, na época, Al Razzaq mantinha uma "prisão particular", onde pessoas inocentes eram mantidas em jaulas de cachorros.
A localização de Al Razzaq ocorreu após pistas indicarem que o seu filho estava tentando obter armas e passaportes falsos. A polícia observou o filho de Al Razzaq por dez dias, antes de uma unidade das forças especiais iraquianas (que são treinadas pelos EUA) invadir a sua casa em Saydiya, perto de Bagdá, e encontrar o líder do partido de Saddam no segundo andar. Ele não teria oferecido resistência à prisão.

Atentados
O vice-ministro do Interior do Iraque, Ahmed Kadhum Ibrahim, disse que a prisão indica que a polícia iraquiana tem competência para combater o terrorismo.
A detenção de Al Razzaq ocorreu no dia seguinte a um ataque coordenado em Fallujah, a 50 km ao oeste da capital, no qual 22 policiais morreram, além de um civil e quatro terroristas. A ação visou três alvos do governo iraquiano -um campo da Defesa Civil, o gabinete do prefeito e um quartel. Entre 20 e 85 presos fugiram.
Os EUA não sabem dizer se o ataque foi cometido por insurgentes do antigo regime ou por guerrilheiros estrangeiros, ligados à rede terrorista Al Qaeda. Esta tem como marca a realização de atentados simultâneos, como ocorreu no sábado.


Com agências internacionais


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