DE BUENOS AIRES

Após o ex-goleiro argentino Edgardo Andrada, 69, ter sido citado em um depoimento à Justiça como agente de inteligência da ditadura militar argentina, a ONG Hijos pediu à Justiça que tome medidas para comprovar a declaração e para que ele seja chamado a depor em breve.
Andrada, que entrou para a história por ter levado o milésimo gol de Pelé, foi acusado pelo ex-repressor Eduardo Constanzo de ter participado de seqüestros de militantes de oposição durante a última ditadura na Argentina (1976-1983) e de ter integrado uma operação que resultou na morte de dois peronistas.
"Estamos investigando outras denúncias, mas não podemos divulgar todas as informações porque temos medo de dar tempo para que ele saia do país", disse a advogada da ONG, Ana Oberlin. A Folha tentou falar com Andrada ontem e anteontem, mas a família disse que ele não estava em casa. (ADRIANA KÜCHLER)

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