São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

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Irmandade Muçulmana quer criar partido

Comitê de reforma constitucional inclui um integrante do grupo, oficialmente banido

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Irmandade Muçulmana anunciou que vai formar um partido político tão logo sejam revogadas as proibições implantadas durante a ditadura de Hosni Mubarak.
Fundada na década de 20, a Irmandade era o maior grupo de oposição no regime de Mubarak; manteve, porém, atitude discreta nos protestos que levaram à queda do ditador. Embora banida desde a década de 50, era tolerada e, até 2005, dava apoio a candidatos independentes.
Em declaração no seu site, o grupo disse que montará legenda própria assim que "a demanda popular pela liberdade de criar partidos" seja levada em conta pela junta militar que governa o Egito.

COMITÊ CONVOCADO
Ontem, a junta convocou o comitê para discutir mudanças constitucionais. Um de seus oito integrantes, Sobhi Saleh, membro da Irmandade, disse que o país viverá sob a "Constituição emendada" até chegar à democracia.
Segundo jovens ativistas, a intenção dos militares é que as emendas sejam feitas em até dez dias e que a nova Carta seja submetida a referendo dentro de dois meses.
Em comunicado, a junta reiterou que sua intenção é transferir o poder em até seis meses a um presidente eleito.

ESTUPRO
A TV americana CBS News revelou ontem que uma de suas correspondentes deslocadas para cobrir os protestos no Egito foi atacada e estuprada por desconhecidos na última sexta, no Cairo.
Lara Logan se recupera do que a CBS qualificou de "brutal e continuada violência sexual e espancamento" sofridos após o anúncio da renúncia de Mubarak. Segundo a emissora, Logan foi salva por um grupo de mulheres e cerca de 20 soldados egípcios e voltou aos EUA no sábado.


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