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RÚSSIA
Europa e EUA criticam vitória de Putin
DA REDAÇÃO
Um dia depois de ser reeleito
com 71% dos votos, o presidente
da Rússia, Vladimir Putin, foi alvo
de críticas de observadores europeus. Anteontem, o secretário de
Estado dos EUA, Colin Powell, e a
assessora de Segurança Nacional,
Condoleezza Rice, já haviam criticado a falta de acesso dos opositores à mídia estatal, que domina as
televisões do país.
A Organização pela Segurança e
Cooperação na Europa (OSCE)
afirmou que a mídia estatal estava
com viés pró-Putin. "O processo
eleitoral como um todo não reflete adequadamente o princípio necessário para uma eleição democrática saudável", disse Julian Peel
Yates, chefe da missão da OSCE
enviada como observadora a
Moscou. "Elementos essenciais,
como um discurso político aberto
e pluralismo significativo, estavam ausentes." Essa visão foi
compartilhada pelo comissário
de Relações Exteriores da União
Européia, Chris Patten. "Não estou certo de que mídia tenha dado
uma cobertura adequada a todos
os candidatos", afirmou.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Joschka Fischer, disse, na Comissão de Direitos Humanos da ONU, que a Rússia precisa respeitar mais os direitos humanos na Tchetchênia, onde o governo realiza uma dura repressão a rebeldes, responsáveis
por uma série de atentados terroristas no país.
Além de controlar a imprensa e
de ferir os direitos humanos na
Tchetchênia, Putin é acusado de
ter um estilo autocrático de governar e de promover integrantes
dos serviços de segurança para altos cargos no governo.
O presidente dos EUA, George
W. Bush, telefonou ontem para
Putin e afirmou que o colega russo deve aprofundar ainda mais o
seu compromisso de realizar reformas, segundo o porta-voz da
Casa Branca, Scott McClellan.
Com agências internacionais
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