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VATICANO
Livro diz que igreja escondeu o mal de Parkinson
João Paulo 2º foi negligente com a saúde, diz seu médico particular
DA REDAÇÃO
João Paulo 2º foi negligente
com a própria saúde, adiou cirurgias o quanto pôde e relutava em
ser medicado, revela livro que traz
testemunhos de seus mais próximos amigos, entre eles seu médico pessoal, Renato Buzzonetti.
Intitulado "Lasciatemi Andare"
(deixe-me ir) -referência às últimas palavras do papa na tarde de
2 de abril do ano passado, horas
antes de morrer- o livro também revela que o Vaticano sabia
desde 1991 que João Paulo 2º estava com mal de Parkinson, fato
que foi tornado público apenas
dois anos depois.
Buzzonetti diz que o papa sofreu terrivelmente depois da cirurgia a que se submeteu em 1992
para a extração de um tumor intestinal.
Depois, em 1994, o papa escorregou na banheira e fraturou a coxa direita. Quis manter sua programação para o dia seguinte que
incluía uma viagem à Sicília. Desistiu depois das objeções de todos os seus auxiliares.
O mesmo comportamento se
repetiria em 1996, quando adiou
ao máximo a cirurgia na qual removeu o apêndice inflamado. Sua
relutância o fez correr risco.
O Parlamento italiano não conseguiu aprovar ontem um relatório segundo o qual, "sem que existam razoáveis dúvidas", a União
Soviética esteve por trás do atentado de 1981 contra João Paulo 2º.
A comissão que iria votar o documento precisava de no mínimo
21 parlamentares presentes, mas
só compareceram 19.
Os partidos de centro-esquerda
criticaram a "inconsistência" do
relatório pelo fato de a grave acusação contra a extinta União Soviética não ter sido amparada por
nenhum documento.
Com agências internacionais
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