São Paulo, quinta-feira, 16 de abril de 2009

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Fragata francesa detém 11 piratas somalis

Hillary Clinton anuncia que EUA terão enviado a conferência sobre Somália e ação de combate à pirataria

DA REDAÇÃO

Uma fragata da Marinha francesa flagrou ontem piratas que tentavam atacar um navio mercante de bandeira liberiana e capturou 11 suspeitos de pirataria, além de dois botes e o "navio mãe" usado pelo grupo.
A informação foi confirmada pelo comando da força marítima da UE (União Europeia), responsável pela "operação Atalanta", primeira missão naval da história do bloco, aprovada em novembro do ano passado para coibir a pirataria na região do golfo de Áden.
O Ministério da Defesa francês emitiu nota oficial detalhando a operação, que começou na noite de anteontem e contou com apoio de um avião espião e de um helicóptero.
"A fragata Nivôse [nome do quarto mês do calendário republicano francês] havia localizado os piratas na noite de 14 de abril, quando seu helicóptero conseguiu evitar um ataque ao navio mercante "Safmarine Asia". A fragata então seguiu a pista das embarcações durante a noite e interveio logo ao amanhecer", informou a pasta.
Segundo o relato, a ação aconteceu a cerca de 500 milhas náuticas (926 km) a leste da cidade litorânea queniana de Mombaça. Christophe Prazuck, porta-voz do ministério, declarou que o "centro de gravidade" dos piratas era o golfo de Áden, mas houve um aumento nos ataques em águas mais distantes da Somália.
A partir dos botes, os criminosos tentavam deter a embarcação liberiana com lançadores de granadas. O "navio mãe" -que funciona como base flutuante, de onde os piratas partem em barcos mais rápidos e leves para abordar os navios- capturado transportava 17 tanques com capacidade para 200 litros de combustível cada um.
De acordo com o "New York Times", quando a fragata aportar em Mombaça, os detidos devem ser mandados à França, onde deverão ser processados.
Sem governo central efetivo há 18 anos, a Somália não conta com sistema penal operante. Casos anteriores contra somalis presos por Marinhas estrangeiras foram levados a julgamento no Quênia.
O Departamento da Justiça americano estuda a possibilidade de abrir processo criminal nos EUA contra o pirata somali capturado por sua Marinha no último domingo.
Em Washington, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que os EUA combaterão um crime do século 17 com estratégias do século 21, ao anunciar aumento dos esforços para rastrear e congelar ativos ligados aos piratas.
Ela anunciou o envio de um representante dos EUA à conferência organizada pela ONU e UE em Bruxelas (Bélgica) para aumentar a ajuda internacional e restabelecer o Estado de direito na Somália. "Nosso enviado trabalhará com outros parceiros para ajudar os somalis a nos ajudar a desmantelar bases piratas e reduzir incentivos aos jovens da Somália para ingressar na pirataria", disse.


Com agências internacionais


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