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Fragata francesa detém 11 piratas somalis
Hillary Clinton anuncia que EUA terão enviado a conferência sobre Somália e ação de combate à pirataria
DA REDAÇÃO
Uma fragata da Marinha
francesa flagrou ontem piratas
que tentavam atacar um navio
mercante de bandeira liberiana
e capturou 11 suspeitos de pirataria, além de dois botes e o
"navio mãe" usado pelo grupo.
A informação foi confirmada
pelo comando da força marítima da UE (União Europeia),
responsável pela "operação
Atalanta", primeira missão naval da história do bloco, aprovada em novembro do ano passado para coibir a pirataria na região do golfo de Áden.
O Ministério da Defesa francês emitiu nota oficial detalhando a operação, que começou na noite de anteontem e
contou com apoio de um avião
espião e de um helicóptero.
"A fragata Nivôse [nome do
quarto mês do calendário republicano francês] havia localizado os piratas na noite de 14 de
abril, quando seu helicóptero
conseguiu evitar um ataque ao
navio mercante "Safmarine
Asia". A fragata então seguiu a
pista das embarcações durante
a noite e interveio logo ao amanhecer", informou a pasta.
Segundo o relato, a ação
aconteceu a cerca de 500 milhas náuticas (926 km) a leste
da cidade litorânea queniana
de Mombaça. Christophe Prazuck, porta-voz do ministério,
declarou que o "centro de gravidade" dos piratas era o golfo
de Áden, mas houve um aumento nos ataques em águas
mais distantes da Somália.
A partir dos botes, os criminosos tentavam deter a embarcação liberiana com lançadores
de granadas. O "navio mãe"
-que funciona como base flutuante, de onde os piratas partem em barcos mais rápidos e
leves para abordar os navios-
capturado transportava 17 tanques com capacidade para 200
litros de combustível cada um.
De acordo com o "New York
Times", quando a fragata aportar em Mombaça, os detidos
devem ser mandados à França,
onde deverão ser processados.
Sem governo central efetivo
há 18 anos, a Somália não conta
com sistema penal operante.
Casos anteriores contra somalis presos por Marinhas estrangeiras foram levados a julgamento no Quênia.
O Departamento da Justiça
americano estuda a possibilidade de abrir processo criminal
nos EUA contra o pirata somali
capturado por sua Marinha no
último domingo.
Em Washington, a secretária
de Estado americana, Hillary
Clinton, disse que os EUA combaterão um crime do século 17
com estratégias do século 21, ao
anunciar aumento dos esforços
para rastrear e congelar ativos
ligados aos piratas.
Ela anunciou o envio de um
representante dos EUA à conferência organizada pela ONU
e UE em Bruxelas (Bélgica) para aumentar a ajuda internacional e restabelecer o Estado
de direito na Somália. "Nosso
enviado trabalhará com outros
parceiros para ajudar os somalis a nos ajudar a desmantelar
bases piratas e reduzir incentivos aos jovens da Somália para
ingressar na pirataria", disse.
Com agências internacionais
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