São Paulo, sábado, 16 de abril de 2011

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Novo "número 2" do PC é objeto de especulação

DA ENVIADA A HAVANA

Nos próximos quatro dias, a geração histórica que venceu a ditadura de Fulgencio Batista em 1959 se reunirá pela última vez num Congresso do Partido Comunista de Cuba, o conclave máximo da máxima instituição da ilha.
É "a lei da vida" que o determina, disse o ditador Raúl, o mais novo dos Castro, que completa 80 anos em junho.
O congresso foi anunciado como reunião essencialmente econômica. Raúl afirmara que a renovação dos quadros partidários só aconteceria mais tarde, em uma conferência no segundo semestre.
O tema da sucessão dentro do PC, porém, voltou à tona por obra do ex-ditador Fidel Castro. No mês passado, ele afirmou que também renunciou, quando ficou doente em 2006, ao cargo de primeiro-secretário do PC, a autoridade máxima da legenda.
A aposta natural é que Raúl, hoje segundo-secretário, ascenda. E quem ficará no seu posto? Provavelmente, será a primeira vez que alguém sem o sobrenome Castro estará em tão alto cargo.
Se a escolha de fato acontecer, analistas e diplomatas ouvidos pela Folha concordam que ela marcará o tom da sucessão pós-Raúl.
Se o escolhido for um "histórico", como o também comandante Ramón Ventura ou Esteban Lazo, o sinal será "conservador". A escolha renovadora seria Marino Murillo, 50, ex-ministro das Finanças recém-convertido em czar da reforma econômica.


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