São Paulo, sábado, 16 de abril de 2011

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ANÁLISE

Gastronomia fez chef difundir a cultura peruana fora de seu país

LUIZA FECAROTTA
DE SÃO PAULO

Gastón Acurio, 43, não é só um bom cozinheiro peruano -e, diga-se, dono de um império de restaurantes que se alastrou por 11 países.
É uma das figuras mais populares e cultuadas de sua terra natal. Foi alçado ao patamar de celebridade. Não há quem não o conheça pelas ruas de Lima: fala-se de Acurio por todo lado -nos mercados, nas feiras, nos táxis.
Foi ele quem levou a cultura peruana para fora do Peru. Não é pouca coisa. Fez com que a tradição milenar dos incas rompesse as fronteiras e chegasse ao mundo.
E tudo por meio da comida -em São Paulo, o La Mar completa dois anos e há rumores de que ele abrirá o T'anta, outra rede com sua assinatura, no ano que vem.
Sua missão é justamente difundir a cozinha andina e apresentar ingredientes locais. Para tanto, apoia-se em receitas contemporâneas vibrantes, que fazem uso de produtos nativos peruanos.
São milhares de tipos de batatas, mais pimentas, tubérculos, raízes. Faz proveito ainda de peixes e frutos do mar das águas frias do Pacífico, de um frescor absoluto, base dos famosos ceviches.
O Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa, seu conterrâneo, escreveu certa vez em um jornal peruano: "[Acurio] não tem tempo para invejas, e seu entusiasmo febril é contagioso. Se houvesse uma centena de empresários e criadores como ele, o Peru já teria deixado o subdesenvolvimento há tempos".


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