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IRÃ NA MIRA
Secretário da Defesa afirma que EUA sabem que ainda há países que dão refúgio a membros da rede terrorista
Irã abriga líderes da Al Qaeda, diz Rumsfeld
DA REDAÇÃO
Líderes da rede terrorista Al
Qaeda, de Osama bin Laden, ainda estão ativos no Irã e em áreas
do planeta que não são controladas por nenhum governo, segundo declarações feitas ontem pelo secretário da Defesa dos EUA,
Donald Rumsfeld.
Ao tentar explicar por que Bin Laden ainda não foi encontrado,
Rumsfeld afirmou que é "muito difícil encontrar uma pessoa" que
pode esconder-se em áreas do mundo que não são controladas
por nenhum governo.
Ele disse ainda que há países que dão abrigo a terroristas. "Ainda há Estados que dão refúgio a terroristas. Sabemos que há líderes da Al Qaeda no Irã", declarou.
Os EUA e a Arábia Saudita acusaram a Al Qaeda de estar por trás
dos atentados ocorridos em Riad,
na última terça-feira. Eles mataram 34 pessoas e feriram 194, entre elas vários estrangeiros que
trabalhavam na Arábia Saudita.
Rumsfeld, que, no passado, já
tinha acusado Teerã de dar abrigo
a membros da Al Qaeda provenientes do Afeganistão, não disse
quais líderes da rede os EUA
crêem que estejam no Irã.
Ele lembrou, porém, o suposto
envolvimento do Irã no atentado
contra as torres Khobar, na Arábia Saudita, em 1996, que matou
19 americanos.
Citando funcionários dos serviços de inteligência dos EUA, o
diário "The Philadelphia Inquirer" afirmou ontem que algumas
das principais figuras da Al Qaeda
estão escondidas no Irã, como um
filho de Bin Laden, chamado
Saad, e Saif al Adel, supostamente
responsável pelos atentados contra duas embaixadas americanas
na África, em 1998.
Apesar de recentes reuniões secretas entre americanos e iranianos, a visita do presidente do Irã,
Mohammad Khatami, ao Líbano
e à Síria, nesta semana, não demonstrou que ele esteja buscando
uma reaproximação com os EUA.
Ele chegou até a elogiar o Hizbollah, libanês, que os EUA classificam de grupo terrorista.
Os EUA acusam o Irã de ter um
programa secreto de armas nucleares e querem que a ONU condene Teerã por suas ações. O governo iraniano diz que seu programa nuclear tem fins pacíficos.
Com agências internacionais
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